Presa quadrilha especializada em ataques a agências bancárias em Minas Gerais

Gabriela Sales
gsales@hojeemdia.com.br
18/10/2016 às 13:58.
Atualizado em 15/11/2021 às 21:16

Doze pessoas foram presas pela Polícia Civil suspeitas de integrar uma quadrilha especializada em explosão de caixas eletrônicos. Sete foram detidos na última quinta-feira (13) em Oliveira, região Central de Minas. Os demais foram presos em Félixlândia, em agosto. 

A quadrilha é investigada há cerca de dez meses e seria responsável por aproximadamente 30 ataques com uso de explosivos contra instituições bancárias e postos de gasolina, causando prejuízo estimado em R$ 1,5 milhão.

Por meio da operação “4M”, a polícia prendeu os suspeitos, que utilizavam dois veículos roubados, quando deslocavam-se de Oliveira para o distrito de Morro dos Ferros, onde planejavam atacar outra agência bancária.

Foram detidos César Santos da Silva, Rafael Dias da Silva, Rafael Rodrigues da Silva, Robson Nascimento da Silva, Douglas Carias Gouveia Silva, Renato Pereira da Cruz e Jeferson Luiz Gomes da Silva, todos originários de Contagem e Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

As investigações apontaram como líder do grupo César, que tinha como aliado essencial Rafael, em razão de suas habilidades no manuseio dos artefatos explosivos. Cinco membros ligados à organização criminosa estão presos preventivamente, suspeitos de participarem de explosão contra agência bancária no município de Felixlândia, no dia 21 de agosto.

Na ocasião, a Polícia Civil apreendeu quatro pistolas semiautomáticas calibres .45 e 9mm, duas espingardas calibre e uma submetralhadora calibre 9mm. Outros três integrantes da quadrilha estão presos no município de Coronel Murta, região Norte do Estado, desde o dia 11 de agosto, após explosão de agência bancária naquela cidade.

Organização 

O delegado responsável pelas investigações, João Prata explica que o grupo possuía modo de agir bastante específico. Após a escolha do alvo mais vulnerável, no dia da ação criminosa os suspeitos se reuniam e deslocavam-se em conjunto para o local do ataque, em horários variados, a depender da distância do alvo em relação à região metropolitana. “Em alguns ataques parte do grupo fica posicionado próximo às companhias ou destacamento policial para impedir qualquer intervenção policial. Em seguida, disparam inúmeros tiros para o alto com o objetivo de intimidar a presença de testemunhas”, disse o delegado.

Os criminosos planejam também a distribuição de inúmeros objetos metálicos, conhecidos como “miguelitos”, para furar pneus das viaturas policiais. Em um dos ataques, na cidade de São Joaquim de Bicas, o grupo inclusive disfarçou os objetos, introduzindo-os em laranjas, para depois espalhar pelas vias de fuga.

Ainda segundo as investigações, a quadrilha abandonava os veículos roubados utilizados nos crimes e embarcavam em veículos regulares, que eram posicionados em locais estratégicos.

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