(Lucas Prates)
Fechadas há 80 dias, lojas de calçados, acessórios, armas e artesanatos reabriram as portas em Belo Horizonte, após autorização da prefeitura. Onze segmentos retomaram as atividades. O movimento no hipercentro da capital foi intenso para uma segunda-feira, se comparado com outros dias antes da pandemia, garantem os comerciantes. A procura, segundo os vendedores, superou as expectativas.
Contrariando as orientações dos órgãos de saúde, do lado de fora dos estabelecimentos, pessoas paravam para ver produtos nas vitrines. Pelas portas, o entra e sai de clientes era intenso. Lá dentro, alguns espaços chegaram a ficar cheios, mas sem tumulto. O problema é que essas situações podem comprometer o distanciamento entre as pessoas, recomendado por médicos.
Em uma loja de sapatos e bolsas, os funcionários não pararam de atender as pessoas. A gerente Amanda Rafaela Alves, de 24 anos, celebrou a presença dos consumidores. “O Centro está bem cheio e o movimento foi maior do que o esperado. Temos que tentar compensar o tempo perdido. Nesses quase três meses, o prejuízo foi grande”, disse.
Especializada em armamento, munição e cutelaria, a Casa Salles também retomou o atendimento nesta segunda-feira (8) com grande procura da clientela. Antes mesmo da reabertura oficial, os telefones não paravam de tocar. “Estamos tomando todos os cuidados necessários para evitar aumento dos casos”, disse o vendedor Marcio Valadares, de 52 anos.Lucas Prates
Marcio Valadares, da Casa Salles, garante que todas as medidas de segurança estão sendo tomadas
A loja de armas foi uma das primeiras fundadas na cidade. Para evitar aglomeração de pessoas, uma faixa foi colocada na entrada do estabelecimento. O acesso de clientes é controlado e, dentro do estabelecimento, todos têm que seguir o distanciamento.
Consumo
Quem aproveitou a reabertura das lojas foi a doméstica Ângela Amaral Albuquerque, de 31 anos. De folga no trabalho, saiu de casa para comprar sapatos para ela e o marido. “Estávamos precisando, por isso vim. Acredito que, seguindo todos os cuidados, como o uso de máscara, dá para retomar a rotina”.
Já a atendente de caixa Marlene de Matos, de 32, aproveitou o trajeto para o trabalho para comprar uma bolsa. “Como passei em frente à loja e ela estava aberta, não perdi a oportunidade”, disse.Lucas PratesDe máscara, Ângela saiu de casa para comprar sapatos: “seguindo todos os cuidados, dá para retomar a rotina”