(Carlos Rhienck/Hoje em Dia)
O homem preso por matar um bancário no bairro Prado, na região Oeste de Belo Horizonte, alegou que ele e seus filhos foram abusados pela vítima. Rafael Douglas Gonçalves dos Santos, de 24 anos, foi apresentado à imprensa nesta quarta-feira (6), quando a Polícia Civil informou que irá pedir a prisão preventiva do jovem. Atualmente, ele está preso no Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) Gameleira, onde cumpre prisão temporária. Roberto de Araújo Caldas, de 46 anos, foi morto na noite de 10 de outubro deste ano e Rafael confessou a autoria do assassinato. O bancário foi asfixiado e ainda teve dois pedaços de cabo de vassoura introduzidos no ânus. Conforme declarações do autor, a cruel forma de matar Roberto foi uma vingança por ele "ter sido estuprado há dez anos pela vítima e seus dois filhos pequenos recentemente". O inquérito sobre o caso está quase pronto ser entregue à Justiça e deverá apontar o jovem como indiciado. Se for julgado, poderá ser condenado a mais de 12 anos de prisão. O delegado Marcelo Manna, da Delegacia de Homicídios Centro Sul, disse que o crime começou a ser investigado quando o corpo do bancário foi encontrado dentro do apartamento onde morava. Depois de localizado e ouvido, Rafael negou envolvimento no crime mas, com a apresentação de detalhes que o incriminavam, acabou confessando. O suspeito ainda contou que ele matou o bancário porque, na noite do crime, dirigiu-se ao apartamento e, quando entrou, viu o bancário trajando apenas uma toalha e tentou agarrá-lo. No entanto, os dois brigaram. No calor do desentendimento, o jovem levou a melhor e sufocou o bancário com um golpe de braço. Rafael chorou muito quando relatou as circunstâncias do assassinato. Quando os peritos do Instituto de Criminalística examinaram o corpo da vítima no apartamento, encontraram um pedaço de papel colocado entre os dois pedaços de cabo de vassoura com a palavra "saúde" escrita a mão. O delegado Manna afirmou que o suspeito confessou que "aquela palavra escrita no papel era uma lembrança de quando foi estuprado pelo bancário e não pôde defender-se porque era mais fraco". Além disso, os peritos também localizaram cinzas de cigarro sobre o peito do morto, fato que o desempregado não soube explicar. A Polícia Civil ainda investiga a suspeita de que, além de ter matado o bancário, o jovem teria furtado dinheiro no local do crime.