Primas de Bruno prestam depoimento sobre morte do irmão Sérgio Sales

Do Portal HD*
31/08/2012 às 12:46.
Atualizado em 22/11/2021 às 00:55
 (Maurício de Souza/Arquivo Hoje em Dia)

(Maurício de Souza/Arquivo Hoje em Dia)

Duas irmãs de Sérgio Sales, primo do ex-goleiro Bruno Fernandes, prestam depoimento na Corregedoria da Polícia Civil de Minas nesta sexta-feira (31). Célia e Cláudia Sales chegaram ao local pela manhã, acompanhadas da advogada Adriana Eymar.

Desde às 9h30, elas são ouvidas pela polícia, que investiga o assassinato do jovem, ocorrido no dia 22 de agosto. As garotas entraram direto para a sala do prédio, que fica na região Central de Belo Horizonte, e não quiseram falar com a imprensa na chegada. Por volta das 12h45, as irmãs da vítima deixaram a Corregedoria também sem dar detalhes sobre o depoimento.

Parte da família de Sérgio, um dos réus no processo da morte e desaparecimento de Eliza Samudio, já havia prestado depoimento na quinta-feira (30). A avó dele, Estela Souza, foi ouvida durante 20 minutos pelos investigadores. Além dela, a mãe, o pai e o irmão de Sérgio também deram esclarecimentos.

Existe a suspeita de que um policial civil esteja envolvido na morte do primo de Bruno. Os familiares estão sendo convocados para dar detalhes sobre a rotina da vítima, na tentativa que sejam identificados indícios sobre o autor do crime.

A Corregedoria não deve se pronunciar antes da conclusão das investigações para não prejudicar a apuração do caso, que corre em segredo de Justiça.


Suspeito

Um dos suspeitos é o policial aposentado José Lauriano de Assis Filho, o Zezé. Ele seria o contato que apresentou Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, a Luiz Henrique Romão, o Macarrão. O advogado da família de Eliza, José Arteiro, é quem defende o argumento de que o policial aposentado tenha relação com o crime. Porém, a promotoria afirma não ter provas para indiciar Zezé e, por isso, ele continua solto.


O crime
 
Sérgio Rosa Sales foi assassinado na quarta-feira (22). De acordo com a Polícia Civil, ele era peça fundamental no caso que investiga o desaparecimento da ex-modelo Eliza Samudio. Em depoimento à polícia, o primo de Bruno revelou que a ex-amante do atleta teria sido morta. Depois Sérgio mudou de versão e disse que foi pressionado para falar sobre o crime.

Ele havia deixado a penitenciária Dutra Ladeira, em Ribeirão das Neves, no dia 11 de agosto de 2011. Sérgio respondia pelos crimes de homicídio triplicamente qualificado, sequestro, cárcere privado e ocultação de cadáver. Ele ficou 400 dias preso e, na época da saída, disse que se sentia "feliz e aliviado". O jovem foi morto perto de casa, na rua Aracitaba, esquina com rua Maria Madalena, quando saía para o trabalho. Há suspeita de que o homicídio tenha sido uma queima de arquivo, já que Sérgio era um dos envolvidos no caso do desaparecimento da modelo Eliza Samúdio.


Relembre o caso

O ex-goleiro Bruno, que seria amante de Eliza Samudio, é acusado de encomendar a morte da modelo. O atleta, o amigo dele, Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, responde aos crimes de homicídio triplamente qualificado, sequestro, cárcere privado e ocultação de cadáver. Sérgio Rosa Sales respondia pelos mesmos crimes que Bola. Dayanne Rodrigues do Carmo Souza, na época mulher do atleta; Wemerson Marques de Souza, o Coxinha; Elenílson Vítor da Silva, e Fernanda Gomes de Castro, ex-namorada do jogador, respondem pelos crimes de sequestro e cárcere privado. O julgamento que definirá o futuro dos acusados não tem previsão de ocorrer.

Eliza Samudio está desaparecida desde o dia 4 de junho de 2010, quando fez um último contato telefônico com uma amiga. Segundo a polícia, ela foi morta e teve seu corpo esquartejado. No entanto, os restos mortais da ex-modelo não foram localizados até hoje.

*Com informações de Pedro Rotterdam e Ana Clara Otoni

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