Primo do goleiro Bruno foi morto por assediar uma mulher, diz a polícia

Gabi Santos - Do Hoje em Dia
04/09/2012 às 20:49.
Atualizado em 22/11/2021 às 01:01
 (Eugênio Moraes)

(Eugênio Moraes)

A Polícia Civil confirmou na tarde desta terça-feira (4), que Sérgio Rosa Sales, de 23 anos, primo do ex-goleiro Bruno Fernandes de Souza, foi executado por motivação passional. Segundo a Corregedoria da Polícia Civil, a vítima, que era conhecida como "Camelo", foi morto com sete tiros porque estava assediando uma mulher que mantinha um relacionamento com um homem identificado como Alexandre Ângelo de Oliveira, 28 anos, conhecido como "Neguinho". O acusado confessou a autoria da execução e alegou que cometeu o crime para livrar a mulher do assédio. O autor confesso do homicídio e sua amante, Denilza Cesário da Silva, 30 anos, conhecida como “Toquinho”, foram presos na noite de segunda-feira e interrogados, sendo depois detidos em cumprimento de prisões temporárias decretadas pela Justiça. Os dois foram indiciados em inquérito de homicídio qualificado.   O delegado corregedor da Polícia Civil, Renato Patrício, afirmou que com os esclarecimentos feitos com as confissões foi afastada a possibilidade de que o assassinato de Sérgio Rosa Sales tenha acontecido como “queima de arquivo”, pelo fato de “Camelo” ser primo de Bruno Fernandes e, supostamente, ter conhecimento de muitos detalhes sobre o desaparecimento e suposta morte de Eliza Samudio que não teriam ainda chegado ao conhecimento da polícia.   A arma   Ao ser ouvido em cartório, Alexandre Ângelo de Oliveira contou sobre seu relacionamento amoroso com “Toquinho” e que ela, na noite de 21 de agosto passado, reclamou que havia sido assediada por Sérgio quando, ao se dirigir para o trabalho, passou perto da casa dele, no Bairro Minaslândia, na Zona Norte da capital.    A mulher teria contado que “Camelo” havia tentado passar a mão no seu corpo e dirigido gracejos, mas que ela havia conseguido escapar da investida. Nervoso com essas revelações, Alexandre disse que, na manhã seguinte, iria acompanhá-la à distância, de motocicleta, para ver se Sérgio iria assediá-la outra vez. Segundo o depoente, foi o exatamente o que aconteceu.    Quando a mulher passou pelo mesmo lugar, Sérgio voltou a segui-la e foi visto por Alexandre. Com a insistência do assédio, Alexandre se aproximou e Sérgio correu, percebendo que o homem avançava na sua direção, quando foi atingido por dois tiros. Apesar de ferido, Sérgio conseguiu se esconder e teria gritado que estava armado, tentando fazer com que o atirador desistisse de matá-lo.   Como Alexandre não escutou nenhum barulho de tiro, procurou por Sérgio e encontrou-o em um corredor de uma casa, quando disparou outras vezes contra ele, inclusive depois de recarregar a arma.

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