Denúncia foi aceita em 4 de setembro. Pelas regras da casa deve ser processada em até 90 dias
(Karoline Barreto/CMBH)
Os vereadores da Câmara Municipal de Belo Horizonte têm até a próxima segunda-feira (4) para votar o parecer que pede a cassação do mandato do vereador Gabriel Azevedo (sem partido). A denúncia de suposta quebra de decoro parlamentar foi aceita em 4 de setembro e, pelas regras da casa, deve ser processada em até 90 dias. Se isso não ocorrer - a exemplo do adiamento desta sexta-feira (1°) - o caso será arquivado. A nova reunião será às 9h.
Na noite desta quinta (30), Gabriel conseguiu na Justiça uma liminar que impediu a convocação de seu suplente, Professor Givanildo (Patriota), para a votação. O chamado foi feito pelo vice-presidente da Casa, vereador Juliano Lopes (Agir), que diz ter se baseado em decisões judiciais anteriores.
Nesta sexta, a votação foi adiada por falta de quórum. Dos 41 vereadores da Casa, marcaram presença na reunião apenas dez. Para que a votação fosse iniciada, eram necessários pelo menos 21.
O processo envolvendo Gabriel teve início em 4 de novembro, quando o plenário aprovou por 26 votos a favor a abertura da análise. Foram 14 abstenções. No mesmo dia foi definida a comissão que analisaria o caso.
O pedido de cassação foi feito pela deputada federal, Nely Aquino (Podemos), em agosto deste ano. Ela alega contra Gabriel quebra de decoro parlamentar. Conforme a denúncia, o vereador teria cometeu abuso de autoridade, agressões verbais contra outros colegas, atuação irregular em CPI e exoneração de funcionários por perseguição política.
* Estagiário sob supervisão de Renato Fonseca