Professores da rede pública de BH e de Minas protestam por adequação ao piso salarial nesta terça
Assembleia de professores da rede municipal de Belo Horizonte na Praça da Estação (Foto: Maurício Vieira/ Hoje em Dia)
Professores das redes públicas de ensino de Belo Horizonte e de Minas Gerais fazem paralisação nesta terça-feira (8). Os trabalhadores realizam assembleias para discutir, entre outros pontos, a adequação dos salários ao piso da categoria. Há possibilidade de greve imediata.
Os docentes da rede estadual se reúnem na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
De acordo com o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação do Estado (Sind-UTE), a categoria exige a adequação ao piso salarial federal não apenas aos professores, mas a todos as carreiras da educação em Minas.
A Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE-MG) afirma que divulgará, ao fim do dia, um balanço de quantas escolas de rede estadual não tiveram aulas nesta terça. A pasta ainda informa que os professores estão inseridos na proposta de reajuste salarial de 10,06% enviada à ALMG em 24 de fevereiro.
Já os professores da rede municipal se reúnem na Praça da Estação para debater a proposta de reajuste da prefeitura. Caso não seja aprovada, também é possível que a categoria entre em greve, de acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte (Sind-REDE).
O sindicato informa que a paralisação desta terça teve uma adesão de aproximadamente 80% dos servidores da educação na capital.
A prefeitura de BH informou que propôs um aumento de 11,77% no salário. O município afirma que, se aceita a proposta, a variação de vencimentos da categoria entre dezembro de 2016 e dezembro de 2022 seria de 140,18% de aumento médio para professores de Educação Infantil e de 73,32% para os de Ensino Fundamental.
Em nota, a prefeitura diz que prevê que a proposta seja aceita na assembleia desta tarde. Para o Sind-REDE, a falta de uma uma adequação ao piso salarial para todos os trabalhadores da rede, independente do tempo de serviço, pode travar a negociação.
O piso salarial de professores da educação básica passou por reajuste de 33%, definido pelo governo federal, neste ano.