(Renato Cobucci)
Ignorando o ultimato da presidente Dilma Rousseff, os professores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) decidiram nesta terça-feira (28) manter a greve iniciada no dia 19 de junho. Trinta e dois mil alunos de 75 cursos estão sem aulas. Os docentes somam 3,8 mil. O prazo determinado pelo governo federal para que todos os servidores voltem ao trabalho é 31 de agosto, mas a categoria vai manter os braços cruzados até que seja apresentado o projeto de reestruturação da carreira. O governo ofereceu reajuste escalonado de 25% a 45% para os professores. “O maior índice vai beneficiar apenas 10% dos professores graduados”, disse Rosimary dos Santos, do comando de greve da UFMG. Segundo ela, no dia 5 de setembro acontece nova reunião de negociação com os ministros Aloizio Mercadante (Educação ) e Miriam Belchior (Planejamento). Os técnicos administrativos da UFMG fazem assembleia hoje. 17 setores voltam Em assembleia da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef) nesta terça-feira (28), em Brasília, servidores da base do funcionalismo público aceitaram a oferta do governo e devem voltar aos trabalhos na próxima semana. A confederação representa 17 setores do funcionalismo e 510 mil servidores, entre ativos e inativos. Debate A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e a ministra da Articulação Política, Ideli Salvatti, afirmaram nesta terça que o Congresso Nacional deve ao país um debate e uma decisão sobre a lei para regulamentar o direito de greve. Para Ideli, estão havendo excessos.