Professores estaduais irão fazer greve durante Copa das Confederações

Os professores da Rede Estadual de Minas Gerais resolveram fazer nova greve. A decisão foi tomada durante a realização de reunião entre aproximadamente quatro mil trabalhadores da educação na tarde desta quarta-feira (5), na pátio Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), no bairro Santo Agostinho, na região Centro-Sul de Belo Horizonte.   De acordo com a coordenadora-geral do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), Beatriz Cerqueira, a paralisação será por tempo determinado e o decidido foi que os servidores não irão trabalhar durante a Copa das Confederações. Os trabalhadores irão cruzar os braços nos dias 17, 18, 22, 26 e 27 deste mês. "A escolha desses dias foi proposital e representa uma resposta ao Governo, que, há três anos, não atende os pedidos da categoria e ainda não cumpre os acordos firmados em datas anteriores", afirma Beatriz.   A categoria exige pagamento do piso salarial, retroativo do piso desde 2011 e o congelamento do plano carreira do professor, entre outras reivindicações.   Como forma de protesto, os quase quatro mil trabalhadores da educação iniciaram uma passeata até a Praça Sete, no centro da capital, após o fim da reunião no pátio da ALMG. O ato já deixa o trânsito bastante complicado na região central.   Ainda segundo a coordenadora-geral do Sind-UTE/MG, a categoria ainda não teve nenhuma resposta do Governo. Mas, em contato com a assessoria de imprensa da Secretaria de Educação, a reportagem foi informada que a exigência do piso salarial não é valida, uma vez que ele já é pago, inclusive, com valor 47, 42% maior que o piso nacional exigido pelo Ministério da Educação. Conforme a secretaria, o piso salarial em Minas para professor com nível superior em início de carreira é de R$ 1.386 para jornada de 24 horas semanais. Enquanto o nacional é de R$ 1.567 para jornada de 40 horas semanais.   Atualizada às 18h26.