SANTA EFIGÊNIA

Profissionais da enfermagem protestam contra suspensão do piso salarial na região hospitalar de BH

Raíssa Oliveira*
raoliveira@hojeemdia.com.br
09/09/2022 às 11:21.
Atualizado em 09/09/2022 às 13:06
 (Valéria Marques / Hoje em Dia)

(Valéria Marques / Hoje em Dia)

Profissionais da enfermagem realizaram, na manhã desta sexta-feira (9), um protesto contra a suspensão da lei que instituiu o piso salarial da categoria. O ato reuniu dezenas de pessoas na praça Hugo Werneck, em frente ao hospital Santa Casa, no bairro Santa Efigênia, região Leste da capital.

Enfermeiros, técnicos e auxiliares se reuniram por volta das 9h na região hospitalar da capital vestindo jalecos, com faixas e cartazes pedindo a valorização do profissional da enfermagem e a definição do piso salarial da categoria.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde de BH e Região (Sindeess), José Maria Pereira, os trabalhadores reivindicam, além do piso salarial, a convenção coletiva para a campanha salarial. "A data base venceu em abril e até hoje não assinamos por questões burocráticas do sindicato patronal", explica. 

Protestos

Manifestações são registradas em diversas cidades do país no mesmo dia em que os ministros do Supremo Tribunal Federal começaram a julgar, no plenário virtual, a ação da Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos de Serviços (CNSaúde), que contestou a validade da lei. A decisão foi deferida, por meio de liminar, pelo ministro do STF Luís Roberto Barroso no último domingo (4).

Em sua decisão, Barroso ressaltou a importância dos profissionais para o serviço de saúde e para o país. No entanto, afirmou que a lei foi aprovada sem prever estratégias para custear os novos valores.

A confederação afirma que a fixação de um salário-base para a categoria pode trazer impactos nas contas de unidades de saúde particulares pelo país e nas contas públicas de estados e municípios.

A lei aprovada pelo Congresso fixou o piso em R$ 4.750, para os setores público e privado. O valor ainda serve de referência para o cálculo do mínimo salarial de técnicos de enfermagem (70%), auxiliares de enfermagem (50%) e parteiras (50%).

(*) Informações de Valéria Marques

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