(Maurício Vieira)
Cerca de 200 enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem que atuam em hospitais da capital mineira fazem manifestação na Praça da Liberdade neste sábado, pela aprovação de um piso salarial para a categoria e por outras reivindicações, como a regulamentação de uma jornada de trabalho de 30 horas semanais.
Segundo o Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais (Coren-MG), há quase 200 mil profissionais da área registrados no Estado, muitos deles trabalhando em condições inadequadas e recebendo salários baixos. Técnicos de enfermagem, por exemplo, informa o Coren-MG, costumam receber um salário mínimo por mês, o que os obriga a ter dois ou mais empregos para conseguirem sobreviver.
A expectativa da categoria é conseguir que o governo do Estado aprove um novo piso salarial e melhores condições de trabalho em Minas, como descanso digno, hospedagem para profissionais que estariam sendo estigmatizados em razão da Covid-19, proteção às suas famílias, além de indenização àqueles que foram contaminados pelo novo coronavírus.
Na manifestação deste sábado, o Coren-MG divulgou que tem tentado negociar com o governo para que toda a categoria tenha acesso, no Estado, a um piso salarial nos níveis de valores pagos pela própria Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig) a seus servidores.
Impasse
Em razão desse movimento, a categoria aderiu à hashtag #CrieOPisodaEnfermagem, que tem sido usada por profissionais da área em diferentes municípios de Minas Gerais.
A reportagem entrou em contato com o governo do Estado, em busca do seu posicionamento a respeito das reivindicações da categoria, que atua na linha de frente de enfrentamento da Covid-19, mas ainda não recebeu uma resposta. O espaço permanece aberto.
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