Projeto busca transporte público menos poluente para o Anel Rodoviário

Celso Martins - Do Hoje em Dia
21/02/2013 às 07:09.
Atualizado em 21/11/2021 às 01:12
 (Eugênio Morais/Hoje em Dia)

(Eugênio Morais/Hoje em Dia)

O Banco Mundial vai investir R$ 5 milhões em um estudo inédito para apontar o modelo ideal de transporte público, com menos poluentes para o Anel Rodoviário de Belo Horizonte. Uma empresa de consultoria será contratada para realizar o trabalho sobre a ocupação de uma das principais vias da capital.

Além de Belo Horizonte, o Banco Mundial vai realizar pesquisas semelhantes nos municípios de Curitiba e São Paulo. A pesquisa está sendo realizada na capital mineira pela BHTrans, em parceria com a Associação Nacional dos Transportes Públicos (ANTP).

Respirável

O Projeto de Transporte Sustentável e Qualidade do Ar terá o desafio de encontrar formas de diminuir as emissões de gases de efeito estufa e estímulo ao uso de modos de transporte mais limpos e com uso menos intensivo de energia.

Após a conclusão da consultoria, a BHTrans e a ANTP terão informações das linhas de ônibus mais usadas e o percentual de pessoas que utilizam o carro particular. Além disso, saberão a distância que as pessoas percorrem até chegar nos pontos de embarque do transporte coletivo.

Construído no início da década de 50, o Anel Rodoviário tem movimento diário de 150 mil veículos, três vezes mais que sua capacidade projetada. O estudo do Banco Mundial vai levantar a população que vive às margens da via e que tipo de transporte é usado para apontar meios de locomoção mais eficazes e menos poluentes.

“O resultado da pesquisa será usado pelo Banco Mundial para que outras cidades adotem um modelo de transporte sustentável”, disse o diretor de Planejamento da BHTrans, Célio Freitas.

A intenção da autarquia é usar os resultados da consultoria do Anel Rodoviário em outras regiões da cidade, de acordo com o perfil de cada região.

As empresas interessadas em participar da consultoria terão de apresentar proposta à ANTP até o dia 4 de março.
 
Perfil

Levantamento realizado pela Polícia Militar mostra que 68% do tráfego do Anel Rodoviário é de automóveis, 20% de ônibus e caminhões e 10% de motos. Duas pessoas morreram em acidentes no Anel Rodoviário neste ano. Em 2012, foram 31 e, há dois anos, 33, segundo a Polícia Militar.

O Anel Rodoviário tem 26,5 quilômetros de extensão. O trecho mais perigoso é o declive do Betânia, na região Oeste. Ao fim da descida, a pista se afunila, causando congestionamentos e engavetamentos provocados por caminhões.

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