(Maurício Vieira)
Acesso à internet, e-mails e redes sociais, curso de informática para idosos, impressão de documentos, pagamento e retirada da segunda via de contas. Além desses serviços oferecidos gratuitamente para a comunidade, o Conexão Aberta também dá suporte ao aprendizado nas escolas municipais da capital. Neste ano, a prefeitura quer dobrar o número de acessos à rede virtual, que no ano passado chegou a 5 mil.
O projeto, desenvolvido pela Empresa de Informática e Informação de Belo Horizonte (Prodabel) em parceria com a Secretaria Municipal de Educação, consiste em uma carreta equipada com 20 computadores e impressoras. O veículo fica estacionado perto de instituições de ensino.
Conforme o diretor de Inclusão Digital da entidade, Adriano Ventura, a localização dos caminhões estimula a comunidade a frequentar os espaços. “A ideia é que as pessoas possam valorizar e acolher o centro, que fornece, além de acesso à internet, suporte ao aprendizado. É uma ação de interesse social e educacional”, diz.
Procura
O gestor acredita que a adesão dos moradores cresça ao longo de 2018. Só no mês passado, cerca de 1,9 mil pessoas utilizaram os serviços durante a passagem da unidade móvel pela Escola Municipal Wladimir de Paula Gomes, no bairro Caetano Furquim, região Leste da cidade.
Até 19 de agosto, o veículo estará na Escola Municipal Polo de Educação Integrada, na antiga Praça da Febem, no Barreiro. Por lá, estudantes do ensino regular e da Educação de Jovens e Adultos (EJA) passaram a contar com a estrutura durante as aulas.
Ontem, Bruno Henrique Pinheiro, matriculado no 6º ano, aproveitou o tempo na carreta para acessar os sites YouTube e Wikipedia. Ele lançou mão das ferramentas para pesquisar temas vistos em sala de aula.
Trabalho semelhante é desenvolvido com os participantes da EJA. Nesse caso, o objetivo é realizar o processo de alfabetização por meio de mídias interativas, capazes de ajudar as pessoas a criar intimidade com a informática, segundo a pedagoga Vilma Márcia.
Durante a aula, Maria Geralda Rocha, de 59 anos, começou a aprender a usar o computador, tirou as principais dúvidas e pesquisou sobre a Serra do Rola-Moça, unidade de conservação que fica na Grande BH. “O projeto é ótimo, porque muitas pessoas não têm acesso a esse serviço básico”, avalia.
Idosos
Um dos principais públicos do projeto Conexão Aberta é o formado por idosos, que procuram a carreta para aprender a utilizar o computador. “Queremos que eles tomem gosto pela tecnologia e se tornem independentes nesse sentido”, afirma Adriano Ventura.
Ontem, o aposentado Arnaldo Coelho de Oliveira, de 76 anos, procurou a carreta pela segunda vez para pesquisar sobre como construir um viveiro de pássaros. “Até tenho computador em casa, mas já frequento a escola para pegar livros na biblioteca e, aqui, além de ser mais tranquilo, também tem monitores para me ajudar com as dúvidas”, comentou.