O promotor Henry Wagner Vasconcelos de Castro divulgou uma nota nesta quinta-feira (18) rebatendo as denúncias de que uma das juradas que participou do julgamento do goleiro Bruno Fernandes foi presa por tráfico de drogas. Conforme o representante do Ministério Público Estadual (MPE), Clécia Marise Rezende Silva não foi detida em flagrante, apenas conduzida à delegacia, onde foi ouvida e liberada. Ainda segundo o promotor, durante a escolha dos jurados ela não tinha nenhum antecedente criminal. "A jurada ainda passou pelo crivo de todas as partes, e todas aceitaram a moça para a função. A defesa afirma que o voto dela pode ter influenciado na condenação do goleiro Bruno, mas não há como saber qual foi seu voto", acrescentou. Henry Wagner também disse que "a Promotoria de Justiça da comarca de Contagem caracteriza a atitude da defesa como irresponsável por adiantar a culpa de Clécia Marise". De qualquer forma, a jurada deve ser investigada e somente após a conclusão dos trabalhos da Polícia Civil, o promotor deve se manifestar sobre o caso novamente. O caso veio à tona quando a defesa do goleiro Bruno Fernandes divulgou na noite de quarta-feira (17) um Boletim de Ocorrência que aponta que Clécia Marise foi detida por tráfico de drogas no dia 5 de abril. O advogado Thiago Lenoir afirmou que soube da denúncia pela imprensa e disse que o documento aponta que a mulher foi presa em flagrante. No entanto, em consulta ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) o defensor disse não ter encontrado nenhum auto de prisão em flagrante distribuído em nome da jurada.