Protestos contra morte de negros e críticas políticas marcam o Então, Brilha!

Bruno Inácio
02/03/2019 às 09:33.
Atualizado em 05/09/2021 às 16:48
 (Riva Moreira)

(Riva Moreira)

“Marielle Presente”, “Nossas vidas importam”. Em meio ao axé e às músicas mais tradicionais do Carnaval de Belo Horizonte, palavras de ordem contra o governo do presidente Jair Bolsonaro e protestos pela vida marcam o o desfile do Então, Brilha!. O bloco é o primeiro a desfilar na capital mineira, na manhã deste sábado (2). Cerca de 100 mil pessoas, segundo os organizadores, participam do cortejo pela avenida dos Andradas, no centro da capital. 

O desfile, que partiu da rua Curitiba, seguirá em direção à Praça da Estação, também no Centro, de onde dispersa por volta de 12h30. A concentração, marcada para sair pouco depois das 6h, só saiu às 7h.

“Nós queremos gritar contra o genocídio da população negra, porque também importamos e merecemos viver. Marielle, Presente”, gritou o animador do bloco, antes de a cortina de fumaça branca e amarela tomar conta da avenida e a multidão repetir o hino.

Aprovação

Para foliões, politizar o Carnaval é natural. “Desde que haja respeito à diversidade, esses gritos de ordem vão acontecer. O Carnaval de Belo Horizonte é político”, colocou a professora Cláudia Duarte Oliveira, de 38 anos. Moradora do bairro Tirol, na região do Barreiro, ela curte a folia na cidade há oito anos.

Quem veio de fora se surpreendeu positivamente. A camareira Juliana Pereira, de 42 anos, é de São Paulo e passa a festa em BH pela primeira vez. “Acho interessante porque aqui as pessoas protestam até contra a previdência enquanto se divertem. Isso faz da festa ainda melhor. Estou amando”, afirmou.

Até as 9h, segundo a Polícia Militar (PM) ainda não haviam sido registradas ocorrências maiores, violentas, somente furtos, a maioria de celulares.

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