(Divulgação / Polícia Federal)
Uma operação deflagrada nesta terça-feira (22) nas cidades de Sardoá e Guanhães, no Vale do Rio Doce, em Minas Gerais, mira quadrilhas acusadas de criar famílias falsas para conseguir embarcar ilegalmente para os Estados Unidos.
Segundo informou a Polícia Federal (PF), o alvo são grupos de criminosos que criam núcleos familiares inexistentes, utilizando falsificação de documentos públicos, com alteração de dados como datas de nascimento e filiações, com o objetivo de tentar facilitar o ingresso em solo estadunidense
Nesta manhã, quatro mandados de busca e apreensão e um de prisão preventiva foram cumpridos nos municípios. Há, ainda, a determinação de bloqueio de mais de R$ 5 milhões e apreensão e arresto de veículos, imóveis e valores em espécie.
A investigação, que ocasionou na ação denominada como “Fake Family” teve origem em informações compartilhadas pela Polícia de Imigração dos Estados Unidos à Polícia Federal brasileira e foi desenvolvida por meio da Força-Tarefa Especializada no Tráfico de Pessoas e o Contrabando de Migrantes.
“A criação de falsas famílias utilizava o golpe do “cai-cai” ao tentar ludibriar as autoridades de migração do país de destino, fazendo crer se tratar de famílias verdadeiras a migrar acompanhados de seus filhos menores de idade”, disse o órgão por meio de nota.
Ainda de acordo com a PF, a quadrilha também utilizava falsificações para viabilizar a viagem de menores desacompanhados ou sem a autorização dos responsáveis. “Alguns pais e mães somente descobriam que seus filhos haviam deixado o país, quando já haviam migrado ilegalmente, sem meios de revê-los ou visitá-los”, concluiu.
As investigações também constataram que diversos viajantes foram vítimas dos contrabandistas, “entregando-se à exploração da migração ilegal para os Estados Unidos e falsificação de documentos”.