(Wesley Rodrigues)
Que a qualidade do ar nas capitais brasileiras é ruim, todo mundo já sabe. Com média de 30 partículas finas por metro cúbico, o ar de Belo Horizonte é classificado como bom, de acordo com os parâmetros nacionais, mas está acima dos níveis seguros (20), definidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS). A novidade é que esse índice poderá ser acompanhado, diariamente, pela população, por meio da internet, servindo de base para políticas públicas, a partir de agosto.
O cálculo será feito por meio de dados coletados por duas estações de monitoramento da qualidade do ar, uma instalada no Centro Mineiro de Referência em Resíduos (CMRR) e outra no Instituto Nacional de Meteorologia (INMET). As estações já funcionam há mais de três ano, mas somente agora, com a licitação de uma empresa do Paraná, é que os dados terão confiabilidade para serem divulgados. Os índices serão publicados no endereço(www.pbh.gov.br/meioambiente).
A análise terá como base a concentração de poluentes, entre eles a poeira, monóxido de carbono, óxidos de nitrogênio, hidrocarbonetos e ozônio. Os resultados serão classificados nas escalas boa, regular, inadequada, má, péssima e crítica, de acordo com regras do Conselho Nacional do Meio Ambiente.
De acordo com o vice-prefeito e secretário de Meio Ambiente Délio Malheiros, os dados serão usados como parâmetros para o estabelecimento de políticas públicas. Isso porque índices muito elevados causam danos ao meio ambiente e afetam a saúde e bem-estar da população. “Nós temos que conhecer para saber o que fazer e proteger a população de BH”, disse.
A meta é de que, até 2030, a capital reduza em 20% as emissões. Para isso, já está em andamento um Plano de Redução de Emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE), que contempla estratégias como investimentos no transporte público, plantio de árvores e certificações.