(Reprodução/Flickr)
Quatro organizações sem fins lucrativos foram credenciadas pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e pelo Ministério Público Federal (MPF) a prestar assessoria técnica às comunidades evacuadas de áreas próximas ao complexo minerário de Serra Azul, da ArcelorMittal, em Itatiaiuçu, na região Central do Estado.
A previsão do MPMG é que os moradores façam a escolha entre Aedas, Instituto Meio, Instituto Guaicuy e Instituto Kairós, a partir de 20 de maio.
Em 8 de fevereiro, cerca de 55 famílias foram retiradas de suas casas em razão do acionamento do Plano de Ação de Emergência de Barragem de Mineração (PAEBM) após uma auditoria contratada pela mineradora não ter atestado a segurança da estrutura.
A contratação da consultora ficou definida no Termo de Acordo Preliminar (TAP), assinado em 21 de fevereiro pelos MPs e a ArcelorMittal. E pelos critérios, essa entidade deveria ter conhecimentos em engenharia, geologia, topografia, arquitetura, medicina, psicologia, sociologia, assistência social, antropologia e direito.
Conforme o MPMG, embora seja custeada pela mineradora, a assessoria será totalmente independente em relação à empresa, devendo defender somente o interesse dos atingidos, que poderão escolher entre as credenciadas
O PAEBM foi acionado pela mineradora na madrugada do dia 8 de fevereiro e cerca de 50 famílias do bairro Pinheiros e do povoado de Vieiras, que moram a pouco mais de um quilômetro da barragem, foram retiradas de suas casas e levadas para um hotel, devido ao risco de colapso na estrutura. A medida ocorreu após a Agência Nacional de Mineração ter declarado situação de emergência Nível 2 para a barragem, o que obrigou remoção preventiva das pessoas que estavam na chamada Zona de Autossalvamento (ZAS).
A reportagem do Hoje em Dia aguarda uma posição da ArcelorMittal sobre o assunto.
*Com informações do MPMG