Quatro meses após tragédia em Brumadinho, moradores de BH passam por simulado

Da Redação
25/05/2019 às 09:17.
Atualizado em 05/09/2021 às 18:49
 (TV Globo/Reprodução)

(TV Globo/Reprodução)

Exatos quatro meses após o rompimento da barragem do Córrego do Feijão, operada pela Vale em Brumadinho, 800 moradores de Belo Horizonte passarão por um simulado sobre como agir em caso de ruptura da barragem Forquilha I. A estrutura, da mesma mineradora, fica em Ouro Preto, na região Central de Minas. Caso entre em colapso, a onda de rejeitos da barragem, que está em alerta máximo desde março deste ano, poderia atingir parte dos moradores dos bairros Beija-Flor, na região Nordeste, e Maria Tereza, na região Norte da capital. 

Segundo a Defesa Civil de BH, o material chegaria ao Córrego do Onça e, com o aumento de volume, a água invadiria 248 casas. A barragem Forquilha I tem 26 milhões de metros cúbicos.

Os dois bairros estão na chamada zona de segurança secundária (ZSS) do Plano de Ação de Emergência de Barragem de Mineração (PAEBM). As ZSS são classificadas quando a região está a mais de 10 km da barragem, ou quando a lama demora mais de 30 minutos para atingir o local.

Como Belo Horizonte está a 120 metros de Forquilha I, o rejeito levaria 11h24 para chegar à comunidade de Beija-Flor. No caso do bairro Maria Tereza, o tempo estimado é de 13h17.

Treinamento

O treinamento desse sábado está previsto para começar às 16h. Além de explicar sobre as rotas de fuga, a Defesa Civil, em parceria com a Vale, irá mostrar aos moradores como funcionará o alerta, emitido por mensagem de voz das viaturas. O ponto de encontro para os moradores do bairro Maria Tereza é a Igreja Pentecostal Kairós. Já os moradores do bairro Beija-Flor devem se dirigir à Igreja Pentecostal Deus é Refúgio. 

Defesa civil

A Defesa Civil de BH tenta tranquilizar a população e afirma que a ação tem caráter preventivo. "A comunidade já está mapeada e foi orientada. O treinamento obedece aos protocolos de segurança. Quem não foi avisado, não precisa se preocupar", informou o órgão municipal por meio da assessoria de Comunicação.

A Defesa Civil reforça que "já vem desenvolvendo com a comunidade que pode ser afetada várias abordagens nas residências e em reuniões comunitárias e o cadastramento de todos os moradores das áreas que podem ser atingidas pela mancha".  

O nível de segurança da barragem Forquilha I foi elevado para 3, representando alerta máximo e risco iminente de ruptura, no dia 28 de março. Além dela, a Forquilha III, também em Ouro Preto, corre o risco de romper. 

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