(Reprodução WhatsApp)
Pelo menos quatro tentativas de fuga foram registradas na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Grande BH, em maio. A mais recente foi por meio de um túnel que estava sendo cavado e acabou descoberto por agentes na última quarta-feira. A informação, no entanto, só foi confirmada ontem.
A unidade está parcialmente interditada pela Justiça desde o fim de abril e tem quase 700 detentos além da capacidade. A tentativa de fuga desta semana foi frustrada durante uma ronda de rotina. “As revistas foram intensificadas e grades serradas foram encontradas em mais oito celas do mesmo pavilhão. O buraco daria acesso à muralha do complexo”, afirmou, por nota, a Secretaria de Estado de Administração Prisional (Seap).
O trabalho de contenção na área foi realizado com apoio do Comando de Operações Especiais do Sistema Prisional (Cope), que estava na unidade realizando uma ação programada, de acordo com a Seap.
Os 15 detentos que ocupavam as celas danificadas passarão pelo Conselho Disciplinar do presídio e sofrerão sanções administrativas. A situação está sendo investigada pela direção da unidade.
Cenário
O advogado Fábio Piló, presidente da Comissão de Assuntos Carcerários da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MG), explica que o cenário na Nelson Hungria é propício para o surgimento de motins e rebeliões.
“Os trabalhos esportivos e religiosos na penitenciária estão sendo, aos poucos, interrompidos e isso pode gerar tensão”, afirma. “Além disso, temos que colocar novos agentes penitenciários, suprindo ao menos o déficit existente”.
Atividades
Em nota, a Seap informou que não houve suspensão das atividades de trabalho ou de assistência religiosa na Nelson Hungria.
A pasta ainda destacou que “o governo autorizou investimentos para a modernização do Circuito Fechado de TV, aquisição de sensores de presença e reestruturação da iluminação”.
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