Quinto réu na chacina de Felisburgo será julgado nesta segunda-feira em Belo Horizonte

Da Redação
11/05/2019 às 09:22.
Atualizado em 05/09/2021 às 18:36
 (Ricardo Bastos/Hoje em Dia)

(Ricardo Bastos/Hoje em Dia)

O terceiro julgamento sobre a chacina de Felisburgo acontece nesta segunda-feira (13) no Fórum Lafayette, em Belo Horizonte. O réu Calixto Luedy Filho é o quinto acusado a ser julgado pelo crime ocorrido em 2004 em Felisburgo, no Vale do Jequitinhonha. Os outros acusados foram condenados com penas de aproximadamente 100 anos de prisão em regime fechado. 

O crime aconteceu no dia 20 de novembro de 2004, quando os acusados atiraram em homens, mulheres e crianças, matando cinco pessoas e deixando outras 12 feridas em um assentamento do Movimento dos Sem-Terra (MST). Além disso, o grupo ainda incendiou 27 casas e a uma escola do acampamento.   

De acordo com o Ministério Público, o dono da Fazenda Nova Alegria, Adriano Chafik Luedy, foi quem comandou o ataque. Isso porque integrantes do MST haviam ocupado a fazenda ao saberem que se tratava de terra devoluta, ou seja, propriedade pública que nunca pertenceu a um particular. Adriano chegou a entrar com uma ação de reintegração de posse, mas acabou perdendo, e as terras foram demarcadas em favor dos ocupados. 

Inconformado com a derrota jurídica, ele reuniu 14 homens, que passaram a ameaçar os assentados até que, em novembro de 2004, ordenou e liderou o ataque ao acampamento. Ele próprio teria conduzido parte do grupo para o local. Adriano já foi julgado em 2013 e condenado a 115 anos de prisão em regime fechado. 

A denúncia do Ministério Público tem 15 réus, sendo que os julgamentos já realizados foram desmembrados do processo principal. Admilson Rodrigues Lima, um dos réus, morreu. Com o julgamento de Calixto marcado para esta segunda, ainda faltarão nove réus para serem julgados.

Além de Adriano, também já foram condenados Washington Agostinho da Silva, em 2013, a 97 anos e, em 2014, foram julgados Francisco de Assis Rodrigues de Oliveira e Milton Francisco de Souza, condenados a 102 anos e seus meses de reclusão, cada um. 

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