(Toninho Almada)
Uma das vias mais movimentadas de Belo Horizonte está em processo de degradação. O trecho da avenida do Contorno, entre a rua Rio de Janeiro e o viaduto Santa Tereza, por onde passam diariamente 60 mil veículos, apresenta rachaduras no meio das pistas nos dois sentidos.
As trincas são só o primeiro sinal de um problema que pode se tornar grave em médio e longo prazos, segundo o presidente do Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia de Minas Gerais, engenheiro elétrico e civil Frederico Correia Lima Coelho, que avaliou a situação do local a pedido do Hoje em Dia.
Segundo ele, o asfalto superficial não está acompanhando a movimentação da estrutura feita sobre o ribeirão Arrudas. “A laje feita sobre o curso d’água foi feita para se movimentar, mas a ‘junta de dilatação’, ou junção com o solo, não acompanha o movimento”, explicou.
Ele chamou atenção para a “junta” no asfalto na posição transversal sem o mesmo sistema na posição horizontal. “Dessa forma, a água da chuva entra pelas fissuras e tendem a piorar o problema com o tempo. A longo prazo, se nada for feito, pode até comprometer a estrutura”, observou Frederico.
A Sudecap informou que monitora as trincas desde 2007, quando a obra foi concluída pelo Governo do Estado – dentro do projeto da Linha Verde – e considera o fato imune a qualquer risco.
No entanto, a autarquia ficou de enviar uma equipe para vistoriar o local. Segundo o órgão, a movimentação ocorre pela cheia do canal, que exerce uma força na parede para fora. Quando o mesmo canal está vazio, o movimento é inverso, ou seja, para dentro.