Conforme requerimento, manifestações têm sido alvos de projetos de lei (PL’s) que utilizam conceitos vagos, como “apologia ao crime”, para restringir acesso de artistas populares a recursos públicos e espaços culturais
Para a reunião, foram convidados produtores culturais, artistas e coletivos de funk e hip-hop representantes do Ministério da Cultura, da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, do Ministério Público de Minas Gerais, da Defensoria Pública Estadual e da Central Única das Favelas (Flávio Charchar)
A criminalização de expressões artísticas e culturais da periferia, como o rap, o funk, o trap e o hip-hop, será tema de audiência pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) nesta quinta-feira (25).
Conforme requerimento assinado pela vice-presidenta da Comissão de Cultura, a deputada Andréia de Jesus (PT), essas manifestações têm sido alvos de projetos de lei (PL’s) que utilizam conceitos vagos, como “apologia ao crime”, para cercear a liberdade artística e restringir o acesso de artistas populares a recursos públicos e espaços culturais.
A deputada cita três proposições protocoladas na ALMG: os projetos 3.254/25, 3.262/25 e 3.263/25. Todos tratam da proibição da realização ou do financiamento de eventos, apresentações artísticas e shows com base, segundo a parlamentar, em “alegações genéricas de apologia ao crime, ao uso de drogas ou à sexualidade”.
Em resposta às propostas, a deputada é autora de dois PL’s para valorização e proteção de expressões culturais periféricas. O PL 3.675/25 veda o uso de critérios subjetivos em editais culturais e na cessão de espaços públicos, a fim de garantir a liberdade de expressão e a participação de artistas historicamente marginalizados. Já o PL 3.855/25 visa reconhecer o funk como manifestação de relevante interesse cultural do Estado, como forma de valorização e enfrentamento à criminalização e preconceito.
Para a reunião de quinta-feira, foram convidados produtores culturais, artistas e coletivos de funk e hip-hop representantes do Ministério da Cultura, da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, do Ministério Público de Minas Gerais, da Defensoria Pública Estadual e da Central Única das Favelas.
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