(Marcelo Prates / Hoje em Dia)
Apesar de aprovado nesta quarta-feira (22) em primeiro turno na Assembleia Legislativa, em meio a protestos, o projeto de lei que pede a recomposição salarial (data-base) de 2014 dos servidores do Ministério Público de Minas Gerais não deve sair do papel. Em entrevista ao Hoje em Dia, o secretário de Governo, Odair Cunha, sinalizou que o Estado não terá como pagar o reajuste retroativo dos servidores, devido ao déficit no Orçamento do Estado de 2015. “Temos um déficit grave, de R$ 7 bilhões neste ano. Qualquer discussão sobre aumento sempre é uma discussão árida. A mesa de negociação é aberta para servidores. Nosso compromisso é com a transparência absoluta e a busca por alternativas. Até mesmo para chegar à conclusão de que elas não existem”, disse Odair. “Em 2015, será sempre difícil conceder reajustes ao funcionalismo”, reafirmou o secretário. MANIFESTAÇÃO Os servidores nesta quarta-feira (22) entregaram fatias de bolo a quem passava pela Assembleia Legislativa, ironizando o aniversário de um ano de tramitação do PL 08/2015. “Nesta sexta, o projeto completa um ano de tramitação. Já foi arquivado e desarquivado, mas como sabemos que os deputados praticamente não trabalham sexta, resolvemos fazer um protesto hoje (nessa quarta-feira (22)). Sempre atrasou um pouco, mas esta é a primeira vez que não conseguimos aprovar a recomposição no mesmo ano”, criticou o coordenador-geral do Sindicato dos Servidores do Ministério Público de Minas Gerais (Sindsemp), Eduardo Maia. O procurador-geral do Estado, Carlos Mariani Bittencourt, enviou um pedido de votação aos parlamentares. Servidores do Ministério Público e da Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig) lotaram as galerias do Plenário pedindo o reajuste de 6% no salário-base das categorias. O reajuste salarial dos servidores do Ministério Público, aprovado na Casa, é retroativo a maio de 2014. A data-base fixada para os servidores neste ano vencerá no mês que vem.