Rebelião já dura 24 horas e negociações são retomadas na Nelson Hungria

Rosildo Mendes - Hoje em Dia
22/02/2013 às 09:06.
Atualizado em 21/11/2021 às 01:15
 (Carlos Rienck)

(Carlos Rienck)

As negociações para a liberação dos reféns e o encerramento da rebelião dos detentos do Complexo Penitenciário Nelson Hungria, em Contagem, na região Metropolitana de Belo Horizonte, serão retomadas nesta manhã de sexta-feira (22). Militares do Grupamento de Ações Táticas Especiais (Gate) tentam conter uma movimentação de presos de outros pavilhões, que também teriam iniciados uma reivindicação, segundo um tenente do Gate.

A rebelião que já dura 24 horas e http://www.hojeemdia.com.br/minas/detentos-fazem-refens-e-queimam-colch-es-em-rebeli-o-na-penitenciaria-nelson-hungria-1.93167 no Pavilhão 1 do Complexo Prisional. Durante uma aula, os presos renderam um agente penitenciário e uma professora. Há suspeita de que outros cinco detentos mais próximos à diretoria da unidade prisional tenham sido dominados e estejam entre os reféns. No entanto os militares do Gate não confirmam. Durante a noite da quinta-feira, um http://www.hojeemdia.com.br/minas/detentos-fazem-refens-e-queimam-colch-es-em-rebeli-o-na-penitenciaria-nelson-hungria-1.93167. Um bilhete com as inscrições "Opressão ao Sistema" foi encontrado dentro do coletivo, o que reforça a hipótese de que o incêndio tenha sido orquestrado por cúmplices dos detentos rebelados.

Segundo a Secretaria de Estado de Defesa Social (Sdes), os 90 detentos envolvidos estão sem água e sem luz desde o início da revolta. Eles também não se alimentam desde a quinta-feira. Duzentos e dez militares e 30 agentes penitenciário do Comando de Operações Especiais (Cope) estão envolvidos na ação e tentam dar fim à rebelião.

No início da noite dessa quinta-feira, os presos ameaçaram soltar os reféns, mas mudaram de ideia após não verem atendida a exigência de troca do diretor do presídio. Segundo a Secretaria, os detentos estariam reclamando de superlotação e da mudança na rotina para entrada de grávidas que tentam visitá-los. À tarde, os rebelados exigiram a saída dos helicópteros que sobrevoavam a penitenciária e pediram mais bateria para o rádio de um agente penitenciário que está sendo utilizado pelos presos para a negociação.

Dentre os detidos na penitenciária Nelson Hungria estão o goleiro Bruno Fernandes, Frederico Flores, apontado como líder do “Bando da Degola”, Marcos Antunes Trigueiro, o homem que ficou conhecido como “Maníaco de Contagem”. Nenhum desses estaria, contudo, na ala onde ocorre a revolta dos presos. O promotor Henry Vasconcelos, que acompanha o caso do goleiro, http://www.hojeemdia.com.br/minas/promotor-vai-ate-nelson-hungria-ter-noticias-de-bruno-fernandes-1.93454nesta quinta-feira para ter notícias do réu.

Veja as imagens da rebelião registradas nessa quinta-feira:

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