(Dione Afonso)
MONTES CLAROS – Atendimento médico especializado, mas no conforto de casa, é a realidade de pacientes que deixaram o leito do hospital para receber assistência domiciliar. A “internação em casa” é prevista em portaria pelo Ministério da Saúde e tem como público-alvo doentes de média e alta complexidade.
Em Montes Claros, no Norte de Minas, a modalidade garante acompanhamento a jovens e idosos.
“São casos em que o paciente está em estágio terminal ou requer atenção especial por um longo período. Nas duas situações, ele pode ter mais qualidade de vida sendo tratado no núcleo familiar”, explica a coordenadora de Atenção Primária de Saúde na cidade, Cláudia Mendes Campos. Em sete meses, 110 pessoas receberam os cuidados em casa, na cidade.
Mas, antes disso, o enfermo é submetido a uma avaliação criteriosa. “Analisamos se a mudança de ambiente poderá resultar em risco à saúde do paciente e se o cuidador terá condições de se responsabilizar por essa nova função”, diz a coordenadora.
A dona de casa Samira Martins Pereira, de 26 anos, vê com bons olhos a internação em domicílio do filho de cinco meses. Paulo Arthur sofreu complicações logo após o nascimento e tem dificuldades respiratórias e de alimentação. Em casa, a possibilidade de infecção é reduzida.
“Ficamos dois meses em um hospital com sérios riscos de agravar a situação do meu filho. Agora me sinto segura, porque ele tem a mesma assistência, aqui, que teria lá”.
Atenção
Uma equipe multidisciplinar formada por médico, enfermeiros, psicólogos, nutricionistas, fonoaudiólogos, fisioterapeutas e assistente social orienta e acompanha o paciente e a família.
“Fazemos com que os parentes entendam a importância de estarem mais próximos da pessoa, Isso acaba ajudando o doente”, afirma o coordenador das equipes, Maicon Alves de Araújo.
Em Montes Claros, segundo a Secretaria Municipal de Saúde, quatro equipes são responsáveis pelos atendimentos.