(Marcelo Camargo)
Às vésperas do início da Copa do Mundo, a Polícia Federal (PF) iniciou um reforço no policiamento dos aeroportos da Pampulha, em Belo Horizonte, e de Confins, na Região Metropolitana. Normalmente, cinco agentes fazem a segurança do terminal de Confins a cada turno de 24 horas e nenhum atua na Pampulha. Mas, desde a última segunda-feira (26), houve aumento do número policiais ostensivos e à paisana nos aeroportos. Entretanto, a PF informou que, por questões de segurança, não pode divulgar esses números. Além disso, o órgão garantiu que o aumento do contingente nos aeroportos será apenas durante o período da Copa do Mundo. No entanto, segundo o presidente do Sindicato dos Policiais Federais no Estado de Minas Gerais (Sinpef/MG), Rodrigo Porto, o reforço deveria ser fixo. Isso porque o efetivo que atua nos aeroportos está abaixo do necessário para garantir a segurança dos passageiros e, conforme estimativas da entidade, seriam necessários pelo menos dez agentes em Confins e um na Pampulha. "Com o efetivo atual não é possível realizar a fiscalização das bagagens que são despachadas para os bagageiros das aeronaves e apenas as bolsas de mão passam por um raio-X operado por funcionários terceirizados pela Infraero". Ainda segundo o sindicalista, isso eleva o risco do transporte de drogas ou armas pelos passageiros. Ele acrescenta ainda que o serviço de imigração que também era de responsabilidade da PF foi delegado a empresas terceirizadas. Desfalque no interior durante a Copa Ainda de acordo com o dirigente do Sinpef, o reforço no policiamento dos aeroportos será feito com o deslocamento de agentes do interior do Estado para Belo Horizonte e Confins. "Com a Copa do Mundo, a administração da Polícia Federal resolveu pegar vários policiais e jogar em cidades que sediarão jogos e, em municípios como Montes Claros, Divinópolis, Uberaba e Uberlândia, a segurança ficará fragilizada". Mas, a assessoria da PF informou por meio de nota que os policiais que reforçarão a segurança dos aeroportos "são oriundos de vários locais do país, inclusive do interior de Minas Gerais" e garantiu que não haverá desfalque em outras localidades em função desta operação. A reportagem entrou em contato com o Grupo CCR, empresa que possui maior parte no Consórcio BH Airport que ganhou a licitação de operação do aeroporto de Confins, mas a empresa informou que a administração do terminal ainda está a cargo da Infraero e a transição para a iniciativa privada só será concluída em agosto. Já a Infraero informou que não tem controle sobre o número de agentes da PF que atuam em cada um dos aeroportos gerenciados pelo órgão e sobre as operações que serão realizadas durante a Copa.