(Wesley Rodrigues/Hoje em Dia)
O Iate Tênis Clube é apontado como o principal entrave para que o Conjunto Moderno da Pampulha alcance o título de Patrimônio Cultural da Humanidade. Segundo a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), será necessário demolir parte do imóvel - construída em desacordo com a arquitetura do espaço - e realizar obras de requalificação para retomar as características do projeto original do prédio.
O Executivo negocia para arcar coms os R$ 8 milhões previstos para as intervenções, já que os proprietários do clube alegam não dispor dos recursos. Em contrapartida, a PBH reivindica horários para visitação pública do jardim e do espaço onde estão expostas as obras do pintor Cândido Portinari.
Mas esse não é o único problema que ameaça a conquista do título mundial. A prefeitura listou outros dois importantes obstáculos: a igrejinha e o Museu de Arte da Pampulha (MAP), que também precisam passar por reformas. Juntas, as intervenções demandarão R$ 7 milhões, verba que virá do PAC das Cidades Históricas. A licitação para as obras da igrejinha já está em curo e os recursos para a reforma do MAP foram liberados esta semana.
A poluição e degradação da Lagoa também preocupam. Contudo, o Executivo garantiu ter verba disponível para fazer o tratamento da água represada. É necessário, porém, reduzir a quantidade de esgoto lançado no espelho d'água.
A Copasa informou ter reduzido em 90% a sujeira despejada na Lagoa da Pampulha. Até dezembro do ano que vem, a meta da companhia é aumentar o índice para 95%. A partir de então, seriam iniciadas as obras de tratamento da água.
Mesmo com todas as dificuldades, a prefeitura e a Fundação Municipal de Cultura (FMC) estão confiantes que irão conseguir ter sucesso na candidatura do Conjunto Moderno da Pampulha. A decisão será conhecida em junho de 2016.
Até lá, segundo o presidente da FMC, Leônidas de Oliveira, não é necessário que as obras previstas estejam prontas, mas que apenas as diretrizes sejam concluídas.
O complexo da Pampulha é o único momumento brasileiro inscrito na eleição da Unesco.
*Com informações de Raquel Ramos