(Carlos Rhienck/Hoje em Dia)
Um dos pedidos de representantes de ocupações populares foi atendido na noite desta segunda-feira (2). A reintegração de posse da ocupação Nelson Mandela, no aglomerado da Serra, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, que seria realizada nesta terça-feira (3), foi adiada para 6 de março. O comunicado foi emitido pela Polícia Militar. O pedido para o adiamento da retirada das 50 famílias do local, considerado de risco geológico pela Prefeitura de Belo Horizonte, foi feito durante uma reunião na tarde desta segunda-feira. A Advocacia Geral do Estado apresentou o ofício, que foi entregue ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), que acatou a solicitação. O documento solicita moradia digna para as famílias e afirma que o governo irá fazer o reassentamento definitivo dessas pessoas. “O governo assumiu o compromisso de reassentar as famílias da Nelson Mandela nas primeiras unidades que serão construídas por um programa que será lançado na Região Metropolitana”, disse Frei Gilvander. O acordo prevê ainda a abertura de negociações a respeito do despejo das ocupações Chico Xavier, na região Norte da capital, e Barreirinho, em Ibirité, na Grande BH. Segundo o representante da Brigada Populares, uma liminar da Justiça já havia determinado a reintegração de posse dessas ocupações. Outra decisão tomada durante a reunião, é a realização de um cadastro socioeconômico das famílias das ocupações Rosa Leão, Vitória e Esperança, que vivem na região do Isidoro, em BH. “Frisamos ainda que as famílias da Nelson Mandela e os movimentos sociais não aceitam o envio das famílias para abrigos públicos. O mínimo aceitável é que a prefeitura e o governo ofereçam a bolsa moradia até o reassentamento definitivo”, afirmou Frei Gilvander. A primeira reunião da nova comissão está prevista para o próximo dia 12. Além de representantes das ocupações, devem participar membros da Companhia de Habitação de Minas Gerais (Cohab) e do governo de Minas. Outro ponto acordado na reunião foi a criação da Comissão Intersetorial de Mediação de Conflitos Fundiários Urbanos e do Campo. A comissão será uma mesa de negociação permanente entre o governo e os movimentos sociais sobre as ocupações do Estado. (* Com Thais Oliveira - Hoje em Dia)