(Samuel Costa/Hoje em Dia)
Ao custo de mais de R$ 2 mil por animal, a captura das capivaras que habitam a orla da Lagoa da Pampulha será iniciada na próxima segunda-feira (8). O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) autorizou nesta quarta-feira (3) a retirada dos 88 animais, conforme previsto no plano de manejo apresentado pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) em julho. A superintendência do Ibama em Minas é o órgão responsável por dar o aval à captura dos animais, que será feita pela Equalis Ambiental, empresa contratada pela PBH para fazer o serviço, pelo valor de R$ R$ 182 mil e no prazo máximo de 180 dias. Na última reunião entre os órgãos envolvidos na questão, a prefeitura e a Equalis ainda não tinham definido o local para a soltura dos animais, o que deverá ser anunciado posteriormente. A análise do processo demorou mais de dois meses e exigiu até a interveniência do Núcleo de Resolução de Conflitos Ambientais (Nucam) do Ministério Público de Minas Gerais. A promotora de Justiça Lílian Marotta chegou a comandar duas reuniões com técnicos da PBH, Ibama e Equalis, entre outros, para tratar de pendências e condicionantes relativas ao plano de manejo dos animais. De acordo com a SMMA, somente após a captura será possível avaliar a saúde das capivaras que vivem no entorno da Orla da Pampulha. “Seguiremos o protocolo de tratar as capivaras que porventura estejam doentes para depois destiná-las a um local mais apropriado ao seu habitat natural”, afirmou o secretário Municipal de Meio Ambiente, Délio Malheiros. O principal risco que os animais apresentam é em relação à febre maculosa – infecção causada por uma bactéria e transmitida pelo carrapato-estrela. Como a capivara é um hospedeira do carrapato, pode transmitir a doença ao homem. *Com a repórter Thais Oliveira