Após reunião no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), os eletricitários de Minas Gerais decidiram continuar com a paralisação prevista para esta terça (16) e quarta-feira (17) e devem se reunir em assembleia, ainda sem data marcada, para decidirem se a categoria entrará ou não em greve. Segundo o Sindicato dos Eletricitários de Minas Gerais (Sindieletro-MG), a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) se recusou a apresentar uma nova proposta para a categoria e, por isso, a audiência de conciliação entre as duas partes terminou sem acordo. A previsão era que a convenção coletiva fosse fechada em novembro do ano passado, mas até agora nenhuma proposta atendeu às reivindicações dos trabalhadores. A categoria reivindica aumento real de 2%, reposição das perdas salarias pelo índice do INPC (5,99%), retroativa a 1º de novembro de 2012, e reajuste das cláusulas econômicas em 8%. Além disso, os trabalhadores estão cobrando a garantia de emprego, a substituição dos trabalhadores terceirizados em atividades fim por concursados, a transferência dos eletricitários da Cemig Serviços para a Cemig Distribuição, a instituição de uma política de combate ao assédio moral e a manutenção das conquistas. Ainda conforme o Sindieletro, a proposta da empresa foi de reajuste de 4,5%, redução dos adicionais pagos sobre hora extra, diminuição do tempo de licença-maternidade para as mulheres e nenhum aumento no valor do tíquete alimentação dos trabalhadores. O sindicato ressaltou ainda que a Cemig não teria motivos para se recusar a negociar com a categoria já que teria iniciado o ano de 2013 anunciando R$ 3 bilhões de lucro para os acionistas. Em nota divulgada na manhã desta terça-feira, a Cemig informou que a paralisação parcial dos empregados não afetou as atividades da empresa e todos os serviços foram prestados normalmente. Além disso, a Companhia garantiu que apresentou aos empregados uma "proposta respeitosa", tendo como base as perspectivas futuras para a empresa e a "redução do percentual de remuneração das distribuidoras de energia do país sobre os serviços prestados". Ainda conforme a empresa, a "proposta apresentada mantém todos os benefícios atualmente existentes, propõe uma recomposição dos salários diante de perdas inflacionárias e preserva a qualidade do acordo coletivo, que é o melhor acordo coletivo do setor elétrico e está entre os melhores do Brasil".