Reunião entre patrões e rodoviários é marcada pelo Ministério Público do Trabalho

Hoje em Dia
24/02/2014 às 14:40.
Atualizado em 20/11/2021 às 16:14
 (Eugênio Moraes/Hoje em Dia)

(Eugênio Moraes/Hoje em Dia)

Uma reunião entre representantes das empresas de transporte coletivo de Belo Horizonte e região metropolitana e os rodoviários foi marcada pelo Ministério Público do Trabalho de Minas Gerais (MPT-MG). O encontro, agendado para 15 horas desta segunda-feira (24), tem como objetivo facilitar a negociação da greve da categoria, que cruzou os braços desde às 0h00. Além disso, é previsto que uma escala mínima para atender à demanda dos passageiros em horário de pico seja criada.   De acordo com o assessor do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH), Edson Rios, 40% da frota roda desde meio dia.   Segundo último boletim divulgado pela BHTrans, empresa que administra o trânsito na capital mineira, considerando todo o sistema de transporte coletivo convencional, o índice de cumprimento das viagens programadas é de 39%. Além disso, 20% das linhas do sistema estão operando normalmente com cumprimento de mais de 70% das viagens programadas, 39%  operam parcialmente com funcionamento entre 30% e 70% e 41% das linhas operam precariamente com apenas 30% das viagens programadas.   Às 13 horas, apenas as linhas 807 e 8350 estavam paradas na Estação São Gabriel, onde todas as demais operam normalmente. Em contrapartida, nas Estações Barreiro, Diamante, Venda Nova e Vilarinho, a paralisação é completa.   Ainda conforme o órgão, 347.744 usuários do transporte coletivo já foram afetados com a greve.   Depredações

Pelo menos cinco veículos foram quebrados neste primeiro dia de greve, segundo o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH). Duas das ocorrências teriam sido registradas no bairro Céu Azul, região da Pampulha, e no bairro Floramar, região Norte da cidade.

Greve

A decisão pela greve foi tomada durante assembleias realizadas na última quinta-feira (20). O sindicalista Ronaldo Batista disse que a decisão foi tomada após cinco reuniões com representantes do Sindicato dos Proprietários das Empresas de Ônibus sem se chegar a nenhum acordo. “Durante todos esses encontros, as discussões não chegaram a lugar nenhum e os patrões não anunciaram nenhum índice de reajuste, o que levou os trabalhadores a parar”, afirmou.
 
Reivindicações
 
Batista informou que os trabalhadores estão pedindo reajuste de 21,5% de aumento, redução da jornada de trabalho para seis horas (atualmente é de oito horas) e que o piso salarial para trabalhadores que vão atuar no sistema Move, da BHTrans, seja 30% maior do que o valor pago ao condutor do transporte convencional. O piso hoje é de R$ 1.585. Querem também o fim de dupla função para motoristas que são obrigados a fazer cobranças de passagens em veículos sem cobradores.
 
A assessoria de imprensa do Sindicato dos Proprietários das Empresas de Ônibus informou que, por enquanto, a diretoria da entidade não tem nenhuma posição com relação ao anunciado movimento dos motoristas, trocadores e fiscais. A mesma posição foi adotada pela Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop), onde a assessoria de comunicação informou que não existia nenhuma posição sobre o assunto. 

 

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