(Lucas Prates)
Uma nova reunião entre representantes da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), vereadores da Câmara Municipal (CMBH) e o Sindicato das Empresas de Transporte Terrestre de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH) terminou novamente sem acordo total a respeito dos pontos apresentados pela administração municipal para pagamento de um subsídio de R$ 207 milhões às empresas. O encontrou aconteceu nesta quarta-feira (11) na sede da prefeitura, região Central de BH.
Um novo encontro entre as partes está previsto para esta quinta (12), às 13h, novamente na sede da PBH.
A reunião de hoje discutiu os 16 pontos apresentados ao Setra na terça (10). O documento foi elaborado por vereadores e Prefeitura. Na reunião desta quarta, 15 dos 16 itens foram acordados.
O item que mais gerou embates e travou o acordo foi o número 7, que trata da data para pagamento do subsídio. Os empresários pleitiavam todo o valor até dezembro. Já prefeitura e vereadores não aceitaram e deram prazo até março de 2023 (a proposta inicial era até maio de 2023). O receio dos parlamentares é aprovar o subsídio até dezembro e culminar em aumento de tarifa logo após o pagamento. A discussão sobre aumento da passagem só deve ocorrer após celebração do acordo.
"Hoje foi uma reunião promissora e o encontro não foi em vão. Não vamos aceitar o prazo até dezembro para que a população, no feriado de natal, seja presenteada com um aumento de tarifa", disse o vereador Gabriel Azevedo, que participou da reunião. Nenhum representante do Setra-BH falou após o encontro.
O presidente da Superintendência de Mobilidade Urbana, André Dantas, ressaltou que haverá fiscalização dos serviços prestados. "Precisamos que essa questão da qualidade dos ônibus e do número de viagens melhore assim que o subsídio começar a ser pago", afirmou.
A expectativa do poder Legislativo e do Executivo é que, de imediato, 21 mil novas viagens sejam acrescidas aos quadros de horários dos ônibus.
"A reunião teve um clima cordial e foi uma boa discussão. A nossa expectativa é que amanhã a gente volte aqui, discuta e celebre esse novo acordo. A Prefeitura cedeu, a Câmara adicionou um novo valor. Agora espero bom senso dos empresários porque quem sofre é a população", disse o vereador.
A expectativa é que o novo documento, redigido pelas partes em conjunto e aprovado amanhã, seja encaminhado para discussão na CMBH. A ideia é evitar adicionar emendas e atrasar o andamento do projeto. Depois disso será encaminhado para votação. Na previsão mais otimista, em julho o novo Projeto de Lei estará em vigor.