Pelo menos 70% da frota de ônibus da viação Saritur deve voltar a circular nesta quinta-feira (21) em Contagem, região Metropolitana de Belo Horizonte, sob pena de multa diária de R$ 30 mil. De acordo com Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros Metropolitano (Sintram), essa foi a decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), que julgou a greve “abusiva”. Caso a determinação judicial não seja cumprida, a multa deverá ser paga pelo Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviários de Contagem (SITTRACON), que representa a categoria. Segundo o Sintram, o TRT determinou que, no mínimo, 70% da frota do transporte coletivo deve voltar a rodar de 5h30min às 9h e das 17h às 20h, de segunda a sexta-feira. Nos demais horários, é preciso que 50% da frota dos ônibus estejam nas ruas. Nesta quarta-feira (20), motoristas e cobradores fizeram uma paralisação por melhores condições de trabalho, como o pagamento de horas-extras e troca do plano de saúde. Para o Sintram, os trabalhadores agiram com desrespeito ao não avisarem previamente sobre a paralisação. A reportagem do Hoje em Dia procurou o SITTRACON comentar a decisão judicial, mas nenhum representante foi encontrado. Antes da decisão do TRT, o SITTRACON havia afirmado que a greve não tinha prazo para ser finalizada. Manifestação Conforme a Polícia Militar, cerca de 200 pessoas participaram de uma manifestação na avenida Estrela Dalva, bairro Jardim Riacho das Pedras, em frente a garagem da Saritur, nesta quarta-feira 920). Durante a madrugada, um ônibus da empresa foi danificado. Contudo, segundo a PM, o protesto ocorreu de forma pacífica. No total, 32 linhas municipais e intermunicipais ficaram sem rodar nesta quarta-feira. O protesto afetou passageiros de bairros de Betim, Contagem, Ibirité e Sarzedo. Conforme o SITTRACON, a convenção da categoria prevê carga horária de 6h20 mais uma hora de intervalo. Contudo, desde fevereiro os rodoviários estariam trabalhando 7h40 corridas, sem o intervalo. A Saritur foi procurada pela reportagem e informou que somente o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros Metropolitano (Sintran) poderia responder sobre o caso. O sindicato, por sua vez, disse que não foi comunicado com antecedência sobre a realização da paralisação. Para o Sintran, os trabalhadores não respeitaram as relações de trabalho nem a legislação.