Telecomunicações

Roubo de cabos prejudica 7,6 milhões de pessoas; Minas está entre os estados com mais ocorrências

Crime aumentou 15%, segundo entidade que representa o setor de telefonia e internet

Da Redação*
portal@hojeemdia.com.br
16/03/2024 às 13:27.
Atualizado em 19/03/2024 às 15:48
 (Divulgação / PCMG)

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O furto de cabos de telecomunicações prejudicou 7,6 milhões de pessoas no Brasil, que ficaram sem acesso à telefonia e à internet, em 2023. O crime aumentou 15% no ano passado, segundo dados da Conexis Brasil Digital, entidade que reúne as empresas do setor. O volume de cabos subtraídos subiu de 4,7 milhões de metros em 2022 para 5,4 milhões.

Na comparação por estados, São Paulo foi o que mais sofreu com as ações criminosas. No ano passado, foi roubado 1,45 milhão de metros, uma alta de 40% em relação a 2022. Depois aparecem na lista Paraná (955,2 mil metros de cabos), Bahia (635 mil metros) e Minas, com 505.541 metros.

Segundo a Conexis Brasil, a quantidade de cabos furtados no país seria suficiente para cobrir praticamente a rota entre Fortaleza e Lisboa, em Portugal. As duas cidades estão a 5,7 mil quilômetros de distância entre si.

O furto de cabos não traz apenas prejuízos a negócios que param de funcionar, como também impede o acionamento de serviços públicos importantes, como polícia, bombeiros e emergências médicas.

Medidas
Segundo a Conexis Brasil, é necessária uma ação coordenada de segurança pública entre o Judiciário, o Legislativo e o Executivo, tanto em nível federal como em nível estaduais e municipais, para enfrentar o furto de cabos de telecomunicações. A entidade defende a aprovação de projetos de lei que aumentem as penas e ajudem a coibir as ações criminosas.

O setor também pede a punição de empresas que comprem equipamentos furtados ou roubados, além da mudança da regra que penaliza as operadoras quando o serviço é interrompido em decorrência do crime.

Na tentativa de obter informações sobre o combate a esse crime em Belo Horizonte e Minas Gerais, o Hoje em Dia entrou em contato com as polícias Civil e Militar, mas não houve retorno até a publicação desta reportagem.

* Com informações da Agência Brasil

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