O principal item da pauta exportadora alcançou a receita de US$ 1,1 bilhão e 5,3 milhões de sacas exportadas (Emater/Divulgação)
A safra de café deve ter uma queda de 38,1% neste ano em Minas, principal Estado produtor do grão do Brasil, em relação ao ano passado. Entre os motivos estão as secas e as geadas. A conclusão é do levantamento feito pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), publicado nesta terça-feira (21).
Segundo o estudo, a redução em Minas representará a produção de 21,4 milhões de sacas. "Além dos efeitos fisiológicos da bienalidade negativa, observados em diversas regiões produtoras neste ciclo, os motivos para a redução também incluem as condições climáticas adversas de seca em muitas localidades e as geadas, que ocorreram em junho e julho, informou a Conab, em nota.
Conforme a companhia, a bienalidade é uma das características da cultura de café e significa que em um ano a produção é maior, com maior número de frutos, o que exige da planta mais nutrientes. Em decorrência disso, no ano seguinte ela recompõe as estruturas vegetais e reservas, reduzindo a produção.
No país, a produção também deverá apresentar queda, com safra de cerca de 46,9 milhões de sacas de café beneficiado, o que representa uma diminuição de 25,7% em relação ao resultado da safra de 2020. Além disso, a área em produção na atualidade é estimada em 1,8 milhão de hectares, número 4,4% menor que a safra anterior.