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Saiba como se proteger da varíola dos macacos; doença tem casos confirmados em Minas

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
06/07/2022 às 19:25.
Atualizado em 06/07/2022 às 19:26
Feridas que a mpox causa na pele  (Centers for Disease Control and Prevention / Brian W. J. Mahy / Divulgação)

Feridas que a mpox causa na pele (Centers for Disease Control and Prevention / Brian W. J. Mahy / Divulgação)

Até esta quarta-feira (6), Minas Gerais confirma oito casos de varíola dos vacacos no Estado. De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), até o momento são seis em Belo Horizonte e dois em Sete Lagoas, na região metropolitana, e todos têm histórico de viagens à São Paulo.

Apesar de não ter transmissão comunitária confirmada (quando passa a ser local e não possível de rastrear indivíduo por indivíduo pelos órgãos de saúde), o número de casos acende alerta aos mineiros.

Afinal, como é possível se proteger da doença?

Transmissão

De acordo com o virologista Flávio Fonseca, professor do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da UFMG, apesar de estar relacionada ao macaco, pesquisas apontam os roedores como principais hospedeiros do vírus Monkeypox, causador da doença. 

A transmissão do animal para o ser humano ocorre por meio do contato próximo, principalmente caça, mordidas, ou contato com fluido corpóreo desses animais, como sangue, urina e fezes.

Entre humanos, apesar de existirem poucas pesquisas sobre o assunto, sabe-se que a transmissão ocorre também pelo fluido corpóreo e por meio de abraços, toques ou contato pessoal prolongado, bem como por roupas ou lençóis usados por pessoas infectadas. Há também a possibilidade de transmissão sexual, que ainda está sendo estudada pelos especialistas.

Proteção

Para se proteger da doença, recomenda-se afastamento de possíveis infectados, evitar contato pele a pele, lavar as mãos regularmente, usar máscara e limpar superfícies contaminadas. Ao tratar um doente, o Ministério da Saúde recomenda uso de equipamento de proteção, como avental, luvas e máscaras faciais do tipo N95.

O uso de máscaras também é recomendado à população em geral por diversos especialistas. O alerta é reforçado pelo virologista Flávio Fonseca. Segundo ele, a proteção facial ajuda a evitar o contato com gotículas de saliva contaminadas pelo Monkeypox vírus.

Varíola humana

A varíola dos macacos é da mesma família da varíola humana, erradicada no final da década de 70 no Brasil. Apesar da semelhança, o grupo do organismo causador da doença, que tem se espalhado rapidamente pelo mundo, é menos grave. Ainda não há estimativa da letalidade na recente onda de surtos. Mas, com base em dados anteriores da África, estima-se que seja de cerca de 1,2%.

Sintomas

Os principais sintomas são feridas na pele. Podem ocorrer episódios de febre, dor no corpo e inflamação do sistema linfático. Os sintomas geralmente duram de duas a quatro semanas antes de sumirem por conta própria. Até o momento, os casos confirmados da doença no Brasil são leves.

Vacina e tratamento

De acordo com o Ministério da Saúde, a vacinação contra a varíola tradicional é eficaz também para a varíola dos macacos. No entanto "a prevenção e o controle dependem da conscientização das comunidades e da educação dos profissionais de saúde para prevenir a infecção e interromper a transmissão".

Não há tratamento específico para a doença em si, mas, de forma geral, os quadros clínicos são leves e requerem cuidado e observação das lesões. O maior risco de agravamento acontece, em geral, para pessoas imunossuprimidas com HIV/AIDS, leucemia, linfoma, metástase, transplantados, pessoas com doenças autoimunes, gestantes, lactantes e crianças com menos de 8 anos de idade.

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