(Cristiano Machado/Hoje em Dia)
A Samarco informou que entregou o plano definitivo dos impactos de um possível rompimento das barragens de Germano e de Santarém, ambas da empresa, no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, região Central de Minas. As duas represas ficam próximas à de Fundão, que rompeu no dia 5 de novembro.
O estudo "Dam Break" foi protocolado pela empresa na quarta-feira (27). Em comunicado enviado à imprensa, a empresa disse que está contratando uma empresa especializada para elaboração de um plano de emergência das barragens.
Além disso, a Samarco garantiu que "o Plano de Ação de Emergência de Barragem de Mineração (PAEBM) entregue no ano passado está em vigor, tendo sido revisado o estudo de Dam Break das estruturas remanescentes".
Inicialmente, o prazo para entrega do "Dam Break" era no início de dezembro de 2015. Contudo, a mineradora conseguiu prazo até 9 de janeiro para concluir o plano de emergência, que foi entregue parcialmente no Tribunal de Justiça no dia 12. Por causa do atraso, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) pediu multa de R$ 5 milhões por dia, sendo que o valor fixado pela Justiça era de R$ 1 milhão.
Barragens
A barragem de Santarém ruiu parcialmente, conforme a Defesa Civil de Minas Gerais. Na de Germano, desde a queda da barragem de Fundão, a Samarco realiza trabalho de reforço da estrutura, também conforme a Defesa Civil estadual.
Tragédia
A barragem Fundão, da Samarco, se rompeu no dia 5 de novembro de 2015. O vazamento provocou uma "tsunami" de rejeitos de minério, devastou vilarejos, matou 17 pessoas e deixou outras duas desaparecidas.
O colapso da barragem gerou uma onda de lama que percorreu 55 km do Rio Gualaxo do Norte até atingir o Rio do Carmo, no qual percorreu mais 22 km, e chegar ao Rio Doce, no qual viajou mais algumas centenas de quilômetros até chegar ao mar, 16 dias depois, no norte do Espírito Santo. No total, segundo o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), 663 km de rios foram diretamente impactados.
No trajeto, aproximadamente 40 bilhões de litros de rejeitos de minério matou várias espécies de peixes. As causas do acidente ainda são desconhecidas e estão sendo investigadas.