(Renato Fonseca/Hoje em Dia)
Moradores atingidos pela tragédia em Mariana continuam sem garantias de como se dará o processo de reassentamento definitivo das famílias que perderam as casas. Nesta quarta-feira (9), data limite para que a Samarco assine o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que contempla ações em benefício das vítimas, a mineradora informou, em nota, que ainda analisa as propostas do Ministério Público.
A princípio, o promotor de Direitos Humanos, Guilherme de Meneghin, ameaçou ingressar com uma ação civil pública contra a empresa e as duas controladoras – Vale e BHP Billiton – caso o prazo não fosse cumprido.
Nesta quarta-feira, porém, após reunião com representantes da Samarco, se limitou a dizer que o resultado das negociações só será divulgado na quinta-feira (10).
Embora o futuro seja incerto, sabe-se que 21 cláusulas compõem o primeiro documento apresentado à mineradora. Além de estipular indenização e remuneração mensal às famílias, o termo prevê um plano definitivo de acomodação das comunidades.
Outra exigência é que a população de Bento Rodrigues e de Paracatu participe das discussões sobre a reconstrução dos distritos.
Casas Alugadas
Enquanto nenhum acordo é fechado, moradores continuam sendo realocados em residências temporárias. Até a última terça-feira, 153 famílias tinham sido transferidas para imóveis alugados pela empresa. A prioridade é dada à famílias com idosos com mais de 65 anos, crianças, grávidas e recém-nascidos, pessoas com necessidades especiais ou dependentes de cuidados médicos.