(Eugênio Moraes)
Inspirado na cultura nordestina, o "Bloco Coco da Gente" faz na manhã desta terça-feira (9), na Praça Coronel José Persilva, em Santa Tereza, a estreia no Carnaval de Belo Horizonte. Entre os instrumentos, ganzá, pandeiro, triângulo, alfaia, caixa de folia, timbal, zabumba, sopros e arcodeon. Idealizado pelo percussionista Pedro Campolina, que mora no bairro, o grupo mescla a musicalidade afro-indígena do samba-de-coco com o sapateado, teatro, ciranda, capoeira, samba-de-roda e muita alegria.
“Tudo começou no quintal da minha casa. Meu sobrinho é professor de capoeira e junta a turma lá. Agora essa magia veio para a rua completar a folia de BH com essa pegada diferente”, diz Ivete Campolina, tia do Pedro.
Embalada pelo batuque original, Maria de Lourdes Barbosa, 85 anos, não ficou parada. Mesmo de bengala, ensaiou uns passinhos. “Nasci no dia 11 de fevereiro. Na barriga da minha mãe, já sambava. E foi assim pra vida toda. Amo Carnaval”, diz ela, que fez questão de se enfeitar para a folia.
O ritmo também contagiou o pequeno Miguel Ferro, que brincava vestido de leãozinho. “Ele está adorando. Procuro blocos mais tranquilos para levá-lo”, conta a mamãe Tarsila. Já Sara Moreno saiu com bobes na cabeça. “Estou de Dona Doida. É como se eu tivesse visto o bloco passar e fui correndo atrás. Além de diferente, é uma fantasia de baixo custo”, afirmou.