Policial estava de licença da corporação por questões psicológicas e foi levado em estado grave para o hospital
Sargento chegou a ser socorrido com vida, mas teve morte cerebral confirmada nesta sexta (Fernando Michel / Hoje em Dia)
'Meus irmãos, me perdoem. Não se culpem'. Esta foi a mensagem postada nas redes sociais pelo sargento de 41 anos, lotado no 22º Batalhão da Polícia Militar, que passou a manhã trancado em um motel na região Oeste de Belo Horizonte. Ele tentou se matar com um tiro na cabeça e foi levado em estado grave para o Hospital de Pronto Socorro (HPS) João XXIII, por volta das 17h30.
A tentativa de suicídio foi confirmada pelo tenente-coronel Flávio Santiago, chefe do Centro de Jornalismo da PM. Uma equipe do Batalhão de Operações Especiais foi deslocada até o local e amigos do 22º Batalhão estiveram no motel, tentando fazê-lo desistir da ideia e pedindo para que se entregasse.
"Infelizmente, ele se tornou irredutível. Foram mais de seis horas de negociação. E ele efetuou o disparo na cabeça", revelou o tenente-coronel.
Além da mensagem, o sargento postou uma foto das duas filhas ao lado de uma farda. Ele estava afastado do serviço devido a problemas psicológicos, que teriam sido motivados por não aceitar o fim de um relacionamento.
Medida protetiva
De acordo com o tenente-coronel Flávio Santiago, o sargento vinha sendo procurado pela corporação desde a última segunda (8), quando se aproximou e agrediu a ex-mulher, que tinha uma medida protetiva contra ele.
"A situação se agravou quando ele feriu a medida protetiva em relação a violência doméstica e agrediu ex-esposa. Ele já vinha com algumas questões psicológicas há cerca de dois meses".