'Se houve excessos, serão demitidos', diz Zema sobre ação da PM com jovem morto na Grande BH
(Reprodução / Redes Sociais)
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), garantiu punição aos policiais militares que se envolverem em “excessos” durante abordagens. Segundo ele, o estado pune “exemplarmente” profissionais da segurança envolvidos em desvios de conduta.
O assunto foi tratado em entrevista ao Podcast “Frango com Quiabo”, do portal G1, do Grupo Globo, nesta segunda-feira (22) em meio a investigações sobre ações policiais militares. Uma delas ocorreu na Vila Barraginha, em Contagem, na Grande BH, quando um homem de 29 anos morreu.
“Quero lamentar todas as ocorrências. Todas estão sendo averiguadas. Eu mesmo estive com nosso comandante [da Polícia Militar] para pedir celeridade e rigor”, disse o governador.
Conforme Zema, o governo de Minas demite de 10 a 15 policiais militares por mês. “Se temos uma isntituição que podemos que ter orgulho é a Polícia Militar (PM). Erros acontecem, mas são punidos exemplarmente. Há correção. Se houve excesso, [os policiais] serão demitidos”, afirmou.
O governador também garantiu que nos próximos dias policiais militares de algumas cidades mineiras vão começar a trabalhar com câmeras e tasers nas fardas. “É questão de dias. Já compramos os equipamentos, que estão sendo testados”, disse.
A iniciativa foi uma das bandeiras de campanha de Romeu Zema em 2018. Conforme o gestor, o objetivo é dar segurança e transparência ao trabalho policial. “A PM está presente nos 853 municípios. É sempre um processo que demanda um pouco de tempo”, afirmou.
Vila Barraginha
Em 16 de julho deste ano, Marcos Vinícius Vieira Couto, de 29 anos, foi morto a tiros durante uma abordagem policial na Vila Barraginha, em Contagem.
Conforme a PM, os militares foram acionados para o local por moradores que diziam que um suspeito armado estaria em uma festa na região. Quando chegaram ao local da ocorrência, os policiais disseram que encontraram Marcos Vinícius alterado.
Durante a abordagem, ainda conforme a Polícia, quando os militares iniciaram a conversa, o jovem teria tentado pegar o fuzil de um deles e a arma de outro. Segundo a PM, para defesa da equipe e dos populares, os policiais efetuaram três disparos.
A família da vítima nega que o rapaz tenha reagido. Nenhuma arma foi encontrada com o jovem baleado. O caso é investigado pela Polícia Civil e pelo Ministério Público.