Segurança de vizinhos do viaduto que desabou vira prioridade

Raquel Ramos e Sara Lira - Hoje em Dia
10/07/2014 às 08:09.
Atualizado em 18/11/2021 às 03:20
 (Frederico Haikal)

(Frederico Haikal)

Novas tecnologias serão adotadas, bem como medidas de segurança mais rigorosas, na próxima etapa de demolição do viaduto Batalha dos Guararapes, que desabou na quinta-feira passada sobre a avenida Pedro I, na divisa das regiões Pampulha e Venda, em Belo Horizonte. A preocupação é com a segurança e o bem-estar dos vizinhos ao local da tragédia, que resultou na morte de duas pessoas e 23 feridas.

Além da mudança no horário de retirada dos escombros – antes até às 22h e agora limitada até às 17h – protetores auriculares serão distribuídos para a comunidade por causa do forte barulho provocado pelo maquinário utilizado.

Não está descartada a possibilidade de remoção temporária de alguns moradores que residem nos apartamentos mais próximos ao que sobrou da alça do viaduto.

“Estamos preocupados com o barulho, que será ainda mais intenso, com as trepidações, poeira e possibilidade de arremesso de concreto. Mas essa medida só será tomada em casos extremos”, afirmou o coronel Alexandre Lucas Alves, coordenador municipal de Defesa Civil. Ele espera que o uso de equipamentos mais modernos e mudanças na forma de trabalho sejam suficientes para minimizar o impacto.

Outras reuniões entre engenheiros e técnicos da Sudecap, Defesa Civil, Cowan, construtora responsável pela obra, e Polícia Civil ainda serão realizadas antes que comece a próxima etapa de demolição do viaduto.

Embora não haja data prevista para o início das intervenções na área delimitada pela Polícia Civil, que conduz a perícia que vai apontar as causas da tragédia, os trabalhos não irão comprometer o trânsito no local, liberado a partir de sábado.

Nessa quarta-feira (9), o recapeamento da via começou a ser feito após técnicos da Sudecap realizarem vistorias na pavimentação. Nesta quinta-feira (10), às 19h30, os moradores vão realizar um culto ecumênico na avenida Pedro I, próximo à estação Move Lagoa do Nado.

CPI

A Assembleia de Minas tenta instaurar também uma CPI para apurar a tragédia. Até essa quarta, 12 das 26 assinaturas necessárias já estavam garantidas. (Com Patrícia Santos Dumont). 

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