Começou nesta segunda-feira (14) o julgamento de seis policiais militares acusados de tentativa de homicídio contra três vítimas. Os réus são levados a júri popular pelo Tribunal do Júri de Vespasiano, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e respondem pelas ações realizadas durante operação policial em fevereiro de 2004. Na época, segundo a denúncia, os militares fizeram um cerco a três acusados de roubo, na MG-010, próximo ao município de Pedro Leopoldo, também na Grande BH. Durante a ação, uma comerciante que passava de carro pelo local foi baleada e morreu. Outras três pessoas, incluindo um dos assaltantes perseguidos, também foram atingidos pelos disparos. Segundo o desembargador Furtado de Mendonça, relator do processo no Tribunal de Justiça de Minas Gerais, nenhuma arma de fogo foi apreendida com os assaltantes perseguidos. Mendonça afirmou, ainda, que não sendo possível determinar qual dos projéteis atingiram as vítimas, os réus são acusados pelo crime de tentativa de homicídio. Um dos policiais envolvidos no julgamento, José Luiz da Silva, também responderia pelo crime de lesão corporal. No entanto, durante o início do julgamento na manhã desta segunda, a representante do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Marina Kattah, alegou que o crime não deve ser julgado no Tribunal do Juri por se tratar de um crime militar. O juíz Fábio Gameiro Vivancos, que preside a sessão, acolheu a questão apresentada pela promotora e reconheceu a incompetência da Justiça comum para julgar o crime. O veredito será decidido pela Justiça Militar. A expectativa é que o julgamento dos seis policiais militares dure três dias. Ao todo, 39 testemunhas serão ouvidas.