(Mauricio Vieira)
O desabastecimento nos postos de combustíveis da Região Metropolitana atingiu o trabalho dos motoristas por aplicativo. Quem não investiu na instalação do gás natural veicular teve de ficar em casa nesta sexta-feira (25) por não encontrar um estabelecimento com gasolina ou álcool disponíveis.
Mário Sérgio Mendonça, de 57 anos, é um dos vários profissionais que tiveram de deixar o carro na garagem. Ele trabalhou até as 3h desta sexta, mas não deve sair mais para trabalhar enquanto o abastecimento não for normalizado, já que seu tanque já está na reserva.
Ele costuma trabalhar 12 horas por dia e abastecer com álcool, mas nos últimos dias preferiu colocar gasolina no carro, mesmo com o preço elevado do combustível. Mesmo com o prejuízo, ele apoia o movimento de greve dos caminhoneiros.
“Acredito que a pressão pode mudar a prioridade do governo federal. Que tal transferir as verbas do fundo partidário para abaixar o preço dos combustíveis e consequentemente de todos os produtos transportados?”, questiona. “Qualquer mudança precisa de sacrifícios”, completa.
Wander Lopes, de 46 anos, costuma trabalhar por cerca de 14 horas por dia, mas está parado desde quinta-feira (24), pois não encontrou mais álcool nos postos. Mas ficar em casa não é um problema para ele, pois apoia o movimento de protesto. “Eu apoio a greve pois também sou caminhoneiro”, afirma.
Para minimizar os impactos causados pela paralisação e consequentemente o desabastecimento nos postos, a empresa de aplicativo Cabify aumentou o valor da tarifa mínima em Belo Horizonte de R$ 7 para R$ 8,50, por causa da greve de caminhoneiros. Uber e 99 não se manifestaram até o momento.