Sem perder a majestade, Idi Amin ganha réplica em museu da PUC

Renato Fonseca - Hoje em Dia
05/10/2013 às 08:24.
Atualizado em 20/11/2021 às 13:05

Sentado, de cabeça erguida e com o braço direito apoiado no chão. É com essa pose emblemática que o animal mais marcante da história do Zoológico de Belo Horizonte será exibido no Museu de Ciências Naturais da PUC Minas. A preparação do corpo do gorila Idi Amin, que morreu em 7 de março de 2012, está na reta final e será concluída em 30 dias.   Mas o “rei” terá que esperar até 13 de dezembro para assumir o novo trono. Nesse dia, está prevista a reinauguração do museu da PUC, conforme o Hoje em Dia mostrou na última sexta-feira (4). O espaço está fechado há oito meses devido a um incêndio.   A taxidermia (empalhamento) de Idi Amin foi possível graças a uma parceria entre funcionários da universidade mineira e um pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) de São Carlos (SP).   PRIMEIRA VEZ   Uma técnica inédita permitiu a transformação da pele em couro preservando o pelo escuro e os toques prateados do dorso. “O tradicional curtimento foi modificado e usamos diferentes produtos químicos. Já tínhamos feito alguns testes em outros bichos, mas essa foi a primeira vez que desenvolvemos a técnica em um animal de grande porte, que ficará exposto posteriormente”, diz o responsável pelo laboratório da Embrapa de São Carlos, o ecólogo Manuel Antônio Chagas Jacinto.   Segundo o pesquisador, a pele do gorila ficou uma semana dentro de um cilindro de curtimento para ser desidratada. Em seguida, o tecido foi “engraxado” com um óleo especial, feito à base de minerais.    O material já está na PUC Minas, sob os cuidados do biólogo e taxidermista Leandro de Oliveira Marques. O funcionário da instituição dá os últimos retoques nas peças de resina e de poliuretano que serão cobertas com o couro. “Com essa técnica, o animal ‘pronto’ terá uma validade indeterminada”, garante Leandro Marques. Idi Amin será levado para o terceiro andar do museu da PUC, onde fica a fauna exótica do acervo. Uma exposição com fotos de admiradores dele também será montada. Ao lado, ficará o esqueleto original do gorila. “Até 13 de dezembro, tudo ficará trancado a sete chaves. Agora, só no dia da inauguração”, afirma o coordenador do museu, Bonifácio José Teixeira.

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