Servidores da Fhemig protestam na sede administrativa contra corte em refeições

Bruno Inácio
binacio@hojeemdia.com.br
02/01/2020 às 20:49.
Atualizado em 27/10/2021 às 02:10
 (Sindi-Saúde-MG/Divulgação)

(Sindi-Saúde-MG/Divulgação)

Servidores da Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig) fizeram um protesto e ocuparam a sede administrativa do órgão, nesta quinta-feira (2), em um protesto contra o corte das refeições que eram servidas aos trabalhadores da unidade. Desde esta quinta, não são mais servidos no local café da manhã, almoço, café da tarde e jantar.

O corte no fornecimento da alimentação aos 530 servidores da administração central e da central de distribuição da Fhemig foi comunicado no dia 16 de dezembro, e começaria a valer neste mês de janeiro. Em nota, a Fhemig confirmou que o contrato com o restaurante não foi renovado para este ano para "regularizar distorções" com outros servidores administrativos de Minas Gerais.

A mudança afeta apenas quem trabalha nestes dois prédios pois, segundo o órgão, as unidades onde há atendimento à população possuem contratos específicos com seus restaurantes, que não terão mudanças e continuarão tendo as refeições. A presidente do Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde em Minas Gerais (Sind-Saúde-MG), Neuza Freitas, diz que o corte afeta os trabalhadores que recebem os menores salários.

"Simplesmente o chefe de gabinete chamou os trabalhadores numa sala e comunicou que a partir de hoje o café da manhã, o almoço e o lanche da tarde seriam cortados dos trabalhadores e nós não podemos permitir. Porque nós somos pela economia sim, mas que não seja nas costas dos trabalhadores", afirmou.

A distribuição das refeições acontece desde 2004 para os servidores da Fhemig, que adquiriam o direito após uma greve naquele ano. Contudo, a fundação afirma que como os dois prédios não servem ao atendimento básico da população — por serem de administração — devem ser equiparados a outros prédios administrativos, ou seja, não ter serviços de restaurante.

"Os servidores da ADC (administração) recebem, mensalmente, o valor de R$ 53,00 por dia de ajuda de custo que, em 20 dias úteis trabalhados, chega ao valor médio de R$ 1.060,00 por mês, além do vencimento básico e todas as gratificações a que têm direito", diz nota enviada pela assessoria da fundação.

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