(Sindi-Saúde-MG/Divulgação)
Servidores da Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig) fizeram um protesto e ocuparam a sede administrativa do órgão, nesta quinta-feira (2), em um protesto contra o corte das refeições que eram servidas aos trabalhadores da unidade. Desde esta quinta, não são mais servidos no local café da manhã, almoço, café da tarde e jantar.
O corte no fornecimento da alimentação aos 530 servidores da administração central e da central de distribuição da Fhemig foi comunicado no dia 16 de dezembro, e começaria a valer neste mês de janeiro. Em nota, a Fhemig confirmou que o contrato com o restaurante não foi renovado para este ano para "regularizar distorções" com outros servidores administrativos de Minas Gerais.
A mudança afeta apenas quem trabalha nestes dois prédios pois, segundo o órgão, as unidades onde há atendimento à população possuem contratos específicos com seus restaurantes, que não terão mudanças e continuarão tendo as refeições. A presidente do Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde em Minas Gerais (Sind-Saúde-MG), Neuza Freitas, diz que o corte afeta os trabalhadores que recebem os menores salários.
"Simplesmente o chefe de gabinete chamou os trabalhadores numa sala e comunicou que a partir de hoje o café da manhã, o almoço e o lanche da tarde seriam cortados dos trabalhadores e nós não podemos permitir. Porque nós somos pela economia sim, mas que não seja nas costas dos trabalhadores", afirmou.
A distribuição das refeições acontece desde 2004 para os servidores da Fhemig, que adquiriam o direito após uma greve naquele ano. Contudo, a fundação afirma que como os dois prédios não servem ao atendimento básico da população — por serem de administração — devem ser equiparados a outros prédios administrativos, ou seja, não ter serviços de restaurante.
"Os servidores da ADC (administração) recebem, mensalmente, o valor de R$ 53,00 por dia de ajuda de custo que, em 20 dias úteis trabalhados, chega ao valor médio de R$ 1.060,00 por mês, além do vencimento básico e todas as gratificações a que têm direito", diz nota enviada pela assessoria da fundação.