Servidores da saúde e infraestrutura fazem protesto conjunto por recomposição salarial em BH
Pacientes do Hospital Governador Israel Pinheiro tiveram sessões de quimioterapia adiadas por falta de remédio contra o câncer (Divulgação )
Servidores do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg) se manifestam na manhã desta terça-feira (8) na Alameda Ezequiel Dias, na região Central de Belo Horizonte. O ato é unificado com trabalhadores do Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG) e da Secretaria de Estado de Infraestrutura do Estado (Seinfra). As categorias pedem a recomposição salarial por parte do governo do Estado.
O ato começou pouco depois das 8h, e reuniu cerca de 300 pessoas. A concentração aconteceu na porta do Hospital Governador Israel Pinheiro (HGIP), conhecido como Hospital do Ipsemg.
Segundo o Sindicato dos Servidores dos Institutos de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (SISIPSEMG), além da questão salarial, as reivindicações são pela aprovação do plano de carreira da categoria e a incorporação da ajuda de custo ao salário base. Em assembleia no dia 23 de fevereiro, os trabalhadores aprovaram a pauta emergencial com as reivindicações que serão encaminhadas à presidência do Ipsemg e ao Governo do Estado para negociação.
No caso dos servidores ligados à infraestrutura, a paralisação se estende desde quinta-feira (3). Segundo a categoria, não há recomposição salarial há cerca de uma década. Trabalhadores ativos e inativos foram convocados a aderir ao movimento, que vai manter os serviços com 40% do pessoal pelo menos até a próxima reunião, marcada para esta quinta-feira (10).
Durante a manifestação, praticamente toda a Alameda Ezequiel Dias foi bloqueada. Segundo a BHTrans, os reflexos no trânsito chegaram à avenida dos Andradas e em diversas ruas da região hospitalar. A empresa afirma que, por volta das 10h30, o tráfego já estava normalizado no local.
Em nota, o Ipsemg afirmou que reconhece e avalia as reivindicações. Confirmou ainda que mentém "diálogo aberto" com representantes da categoria para uma solução. A reportagem do Hoje em Dia também procurou o governo de Minas, e aguarda posicionamento sobre os protestos organizados nesta terça.