Servidores do Judiciário entram em greve a partir desta segunda em Minas

Do Portal HD
20/08/2012 às 15:55.
Atualizado em 22/11/2021 às 00:36

Servidores do Poder Judiciário Federal em Minas Gerais iniciaram nesta segunda-feira (20) greve por tempo indeterminado. Os profissionais do Tribunal Regional do Trabalho, Justiça Federal, Tribunal Regional Eleitoral e Justiça Federal Militar reivindicam reajuste salarial. Com a decisão, eles se juntam aos grevistas do Distrito Federal, São Paulo, Mato Grosso, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Bahia, Alagoas e Piauí, que já estão em greve há pelo menos duas semanas. O Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário Federal no Estado de Minas Gerais (SITRAEMG) alega que a última reposição salarial da categoria ocorreu em 2006 e que o Governo Federal se recusa a negociar com os servidores. A defasagem salarial da categoria, segundo o SITRAEMG, é de 38%. Além do Judiciário, agentes da Polícia Federal, do Incra, IBGE e da Receita Federal também estão em greve.   Os trabalhadores do Judiciário reivindicam a aprovação do projeto de lei que revisa o plano de cargos e salários de toda a categoria. O projeto tramita no Congresso desde 2009 e traz uma reposição emergencial das perdas salariais acumuladas desde junho de 2006, data da última reposição salarial.   Polícia Federal   O Sindicato dos Policiais Federais de Minas Gerais (Sinpef) informou que um efetivo de aproximadamente 12 mil agentes, escrivães e papiloscopistas aderiram a greve em todo o país. Em Minas Gerais a adesão é de 420 profissionais.   O movimento da categoria prejudica a emissão de passaportes e a fiscalização nos aeroportos do Estado. Em Belo Horizonte, um contingente de 250 federais atendem apenas casos de emergência.    Segundo o Sinpef, por causa do funcionamento em escala mínima, só estão sendo emitidos passaportes para pessoas que comprovem que precisam do documento com urgência.    Professores   A greve nacional dos professores das instituições federais de ensino completa 91 dias nesta segunda-feira (20) e não tem previsão para chegar ao fim. No Estado, todas as universidades, com exceção da Federal de Itajubá, estão sem aulas.   A categoria dos docentes pleiteia carreira única com incorporação das gratificações em 13 níveis remuneratórios, variação de 5% entre níveis a partir do piso para regime de 20 horas correspondente ao salário mínimo do Dieese e percentuais de acréscimo relativos à titulação e ao regime de trabalho.   Os professores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) irão realizar uma nova assembleia para discutir os rumos da greve na próxima segunda-feira (13), às 14 horas, na Escola de Engenharia, no campus da Pampulha. Segundo os professores, o governo ainda não apresentou nenhuma nova proposta.   Incra   Em Belo Horizonte, o efetivo do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) também estão parados. Os servidores da instituição reivindicam melhores condições de salário e de trabalho. O governo e os servidores estão em negociações. Durante a paralisação o órgão manterá as atividades internas, estritamente essenciais, definidas por esta Superintendência. 

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