Servidores grevistas montam acampamento em frente à PBH

Funcionários grevistas da Prefeitura de Belo Horizonte montaram acampamento na porta da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH). Com barracas, o grupo chegou ao local por volta das 5 horas destas segunda-feira (19). O Sindicato dos Servidores Públicos de Belo Horizonte (Sindibel) informou que o protesto irá durar pelo menos até terça-feira (20), quando está prevista uma nova assembleia da categoria. A reunião está prevista para ocorrer às 9 horas e decidirá os rumos do movimento.    Os trabalhadores querem, com o acampamento, pressionar o Executivo a ceder e oferecer reajuste salarial acima do já proposto. No entanto, o prefeito Marcio Lacerda declarou que não tem pressa de negociar com os servidores. “Não temos pressa em negociar. No ano passado, a greve durou 45 dias e se for durar isso neste ano, teremos toda a paciência em negociar”, afirmou. Os funcionários pedem reajuste de 15% e aumento de R$ 28 no vale-refeição. A prefeitura informou que não há nenhuma reunião agendada com os trabalhadores para os próximos dias.   De acordo com o Batalhão de Trânsito da Polícia Militar (BPTran), cerca de 30 manifestantes ocupam uma faixa da avenida Afonso Pena. O sindicato, contudo, garante que 100 pessoas participam do protesto e a expectativa é que esse número aumente no decorrer do dia.   Ainda conforme o sindicato, trabalhadores das Academias da Cidade irão realizar uma aula de ginástica no local, às 15h, e, às 16h, militantes do Movimento Antimanicomial irão se juntar aos servidores acampados.   Reivindicações   Os servidores municipais de BH estão em greve desde a última quarta-feira (7). Eles reivindicam reajuste salarial de 15%; aumento do vale-alimentação para R$ 28; realização de concurso público; fim da terceirização de serviços na prefeitura; entre outros pontos. Ao todo, são 15 reivindicações entregues à PBH no dia 19 de março, data de lançamento da campanha salarial dos trabalhadores.   Na segunda-feira (12), a PBH manteve a proposta de 5,56% e um acréscimo de 5,88% no vale-alimentação, ambos a partir de outubro. O Sindibel rejeitou a proposta e apresentou uma contraproposta, dividindo o reajuste em três vezes.